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Números assustam: 100 brasileiras no exterior

Por Heleni Felippe
Atualização:

A falta de competitividade, os baixos salários e o talento individual tornam as jogadoras brasileiras disponíveis para o mercado exterior. A lista de transferências de 2007/2008 da Confederação Brasileira de Basquete mostra 34 atletas atuando na França, Portugal, Espanha, Alemanha, Polônia, Letônia, Bulgária, Bélgica, Itália, Hungria, Inglaterra e Suécia. A maioria (12) está na Espanha. A lista, porém, não traz nomes de jogadoras que se transferiram há muito tempo, como a ala Adriana Santos, que começou na geração de Paula e Hortência e está na França há seis anos - atualmente nos Istres, da Segunda Divisão. Também não registra as transferências das meninas que atuam em times universitários americanos. Os técnicos calculam que sejam mais de 100 brasileiras no exterior. "A Monar, de 20 anos, treinou com a seleção do Mundial Sub-21. Ela estava nos EUA desde os 16 anos e o pessoal nem se lembrava dela. A Nádia, de 17 anos, que atuou no Mundial Sub-19, está na Espanha", enumera o técnico Roberto Dornelas, do Sport Recife, assistente-técnico das seleções de base. A ala Iziane, do Ourinhos, comenta que até faltam pivôs no Nacional, tamanho o êxodo de atletas que desempenham a função para outros países. "As pivôs são as mais valorizadas na Europa. Acho que a Lisdeivi (cubana, de Ourinhos) é a única pivô autêntica na posição." As pivôs que atuaram nas últimas equipes da seleção feminina brasileira estão todas jogando na Europa. Kelly (Nercaleon), Êga (Zaragoza), Érika (Valência), Ísis (CB Valls), na Espanha; Graziane (Pecs), na Hungia; e Zaine (Umana Veneza), na Itália.

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