Nuzman fica no COB até 2008

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Por Agencia Estado
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Um jogo de cartas marcadas. Assim pode ser definida a reeleição do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, para mais quatro anos de mandato à frente da entidade - de 1º de janeiro de 2005 até 31 de dezembro de 2008. Além de ter o apoio das 29 confederações, o estatuto do COB, alterado com aprovação da Assembléia Geral após a primeira eleição de Nuzman, em 1998, dificulta o aparecimento de novas lideranças, já que somente membros da entidade há pelo menos cinco anos consecutivos podem alcançar os cargos presidenciais. Essa manobra estatutária ajudou a perpetuação dos atuais dirigentes. A eleição desta terça-feira, por exemplo, teve apenas uma chapa inscrita: a de Nuzman e do vice-presidente André Richer, que foi reeleita por aclamação - recebeu 36 votos, sendo 29 de presidentes de confederação e os outros dos membros natos do COB. Nuzman fez um discurso otimista, mas um pouco mais realista se comparado à promessa de tornar o Brasil uma potência olímpica, como fez após vencer a eleição de 1998. Ele disse que nesta gestão vai dar prioridade à preparação da delegação brasileira para os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, além da Olimpíada de 2008, em Pequim. "Temos quatro anos pela frente de muito trabalho. Vou me reunir mais vezes com as confederações para discutir os rumos do esporte no Brasil", declarou Nuzman, que está desde 1995, ou seja, há 9 anos na presidência do COB. O dirigente voltou a falar de antigas promessas, ainda não realizadas. Ele quer criar uma associação de atletas olímpicos e um comitê de esportistas, a exemplo do Comitê Olímpico Internacional (COI), com o intuito de aproximá-los da diretoria do COB. "Uma comissão pequena e ágil, composta por 10 a 15 atletas, que terá participação na Assembléia até a organização de eventos. Já a Associação será um fórum de congraçamento e encontro dos atletas olímpicos", afirmou Nuzman, que comandou por 22 anos a Conferação Brasileira de Vôlei (CBV). O presidente do COB prometeu ainda construir uma nova sede para a entidade, na Praça XV de Novembro, no centro do Rio, além de um museu e uma biblioteca olímpica.

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