26 de junho de 2010 | 00h00
Por isso, há no ar um cheiro de ceticismo e determinismo. Afinal, tirar o Brasil da Copa é sinônimo de algo inalcançável e impossível. Em parte porque o time de Dunga é competente, mas muito mais pela lembrança (quase) sempre amarga para os chilenos dos confrontos anteriores.
Desta vez há, entretanto, algumas janelas deixando a luz entrar - tênue, mas ainda assim luz - de que a ousadia da seleção de Bielsa e a ousadia de algumas de suas estrelas se acenda e termine dando de presente ao país uma vitória que seguramente figuraria entre as maiores conquistas obtidas pelo futebol chileno.
Uma coisa é certa: as baixas dos suspensos, principalmente Gary Medel, ajudam a diminuir as esperanças. Mas se há algo que nunca mudou durante a prolífica "era Bielsa" é que a equipe ganhou e manteve seu estilo independentemente de suas individualidades. E essa talvez seja a única característica que torna a seleção chilena superior à do Brasil, que atua mais apoiada nos talentos individuais do que no seu conjunto.
O Brasil encontrará um Chile diferente. Desta vez, a equipe buscará o jogo (e isso ficou claro no jogo contra a Espanha, mesmo com um a menos) e tentará surpreender mantendo seu estilo, com a mesma vontade e ousadia, para dar um tapa na história. É verdade que os comandados de Dunga são os favoritos, mas ...
É EDITOR DE ESPORTES DO JORNAL CHILENO "EL MERCURIO"
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