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O drama de um ídolo tricolor

Pedro Rocha luta para se recuperar de um derrame

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Por Redação
Atualização:

Pedro Virgílio Rocha Franchetti nasceu há 66 anos no Uruguai, onde o São Paulo, time que o consagrou, jogou na noite de ontem, pela Libertadores. Ele tem tudo a ver com a história do clube da capital. Foi, afinal, um dos maiores jogadores da equipe. Brilhou no Morumbi de 1970 a 79, quando conquistou dois Paulistas e um Brasileiro. Mas, ao contrário do São Paulo, que convive com grandes resultados e títulos nos últimos anos, Pedro Rocha passa por momento difícil em sua vida. Recentemente entrou em forte depressão, perdeu a alegria de viver e ainda sofreu um derrame cerebral. "Estou melhorando aos poucos, é preciso ter paciência", afirmou, em entrevista à TV Globo. Sua saúde requer cuidados especiais e exige que vá a médicos com grande frequência. O tratamento, no entanto, é caro demais para a condição financeira do ex-atleta, que foi um craque, mas não ganhou tanto dinheiro com o futebol. Hoje recebe a ajuda de amigos, ex-colegas e familiares. O esporte, contudo, não saiu de seu sangue. Um de seus passatempos prediletos é ver jogos pela televisão. "E de vez em quando saio com o Muricy (Ramalho, hoje técnico) e o Terto (ex-ponta do São Paulo) para tomar uma cerveja." Antes de se transferir para o Brasil, fez enorme sucesso no Peñarol, tradicional agremiação de seu país, onde conquistou títulos da Libertadores e do Mundial. É o único uruguaio em todos os tempos a ter participado de quatro Copas do Mundo: 1962, 66, 70 e 74. Com a camisa tricolor, atuou em 375 jogos e marcou 113 gols. Foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 72 ao lado de Dadá Maravilha, do Atlético-MG, com 17 gols. Pela enorme categoria, ganhou o apelido de El Verdugo. A principal conquista, talvez, tenha saído de fora de campo: a admiração de Pelé por seu futebol. O Rei considera Pedro Rocha um dos cinco melhores jogadores do mundo de sua época.

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