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O incerto futuro das instalações olímpicas

Por Agencia Estado
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Enquanto milhares de atletas e técnicos preparam as malas, surge a dúvida: o que fazer com as instalações olímpicas depois dos Jogos. Nos campos de futebol de Volos, Patras e Heraklion, em Creta, computadores e móveis dos escritórios e centros de imprensa já estavam sendo desmontados nesta quinta-feira. O que vai ocorrer com campos e ginásios construídos exclusivamente para os Jogos Olímpicos ninguém sabe ao certo. O mesmo acontece até com o Estádio Olímpico. Muitos gregos temem que as instalações, tão elogiadas pelos participantes dos Jogos, se convertam, com o tempo, em ruínas esportivas. Numa corrida contra o tempo, a Grécia conseguiu terminar as obras olímpicas, mas o governo já começa a buscar novos usuários para elas. Um estudo feito pela Universidade Tesalônica concluiu que, ainda que todas as instalações forem usadas após as competições,a verba arrecadada levaria anos para cobrir os gastos para sua construção. O Estádio Karaiskaki, no Pireu, com capacidade para 30 mil pessoas, será a nova sede do Olympiakos. Mas o Estádio Olímpico está sendo disputado pelo Panathinaikos e o AEK Atenas, que derrubou seu estádio e não tem dinheiro para construir um novo. No bairro Hellenikon, onde foram disputadas as competições de beisebol, softbol, hóquei e esgrima, várias instalações estão ameaçadas de demolição. O lugar daria lugar a um parque dos maiores parques de diversões da Europa. Já para a Vila Olímpica há planos concretos: os alojamentos servirão de moradia para pessoas de baixa renda. Nada menos do que 17 mil atenienses já se inscreveram para participar do sorteio de venda dos apartamentos. O Centro de Imprensa está na mora do Ministério da Economia e Finanças, que alí quer instalar sua sede. Por outro lado, a emissora estatal de tevê ERT e a privada ANTI disputam o edifício em que ainda funciona o centro olímpico de rádio e tevê.

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