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O lado zen de Mineirinho

Astro evita desafios extra skate para não perder o foco das competições

Por Glenda Carqueijo
Atualização:

Sandro Dias Mineirinho é radical, mas nem tanto. Não o convide para desafios inusitados, principalmente, se forem fora do seu habitat natural: skate. A principal estrela do País na modalidade, que compete hoje na final do vertical, às 14h20, no Sambódromo, não consegue atender a todos os pedidos de imprensa e fãs. "Muita coisa dá até para fazer, desde que seja perto ou onde estou competindo", explica o pentacampeão mundial de skate vertical. Aos 32 anos, o paulista de Santo André já recebeu propostas curiosas, como mergulhar com tubarões, saltar de pára-quedas.... Certa vez, perguntaram se ele não podia ser vigiado por câmeras ao acordar até a hora de subir na pista para competir. Recusou todas, para não perder o foco das competições. "Gosto de me concentrar na prova", diz. Também não quis arriscar a dificílima manobra 900º em um estúdio acanhado em uma rampa improvisada. Outro motivo que o faz desistir das sugestões é o desgaste e o tempo perdido no trânsito de uma cidade grande como São Paulo. O descanso, segundo ele, é fundamental. Embora desta vez, Mineirinho não tenha tido tempo para se recuperar do fuso horário da China - há uma semana venceu um torneio por lá. Mas se engana quem acha que ele não liga para todo esse assédio. Pelo contrário. "Gosto de dar atenção aos fãs. Isso me ajuda a descontrair e diminui a pressão da competição." Preocupado com o futuro do esporte, o atleta faz questão de ajudar a molecada que está iniciando no skate. Participa de clínicas da modalidade pelas cidades do interior de São Paulo, no Rio Grande do Sul e Paraná. Nessas viagens, convida sempre amigos skatistas. Também tem um projeto em Santo André, o ?Dia D?, onde competições são realizadas para atletas amadores e profissionais. A banda Charlie Brown Jr. é parceira de Mineirinho nessa empreitada e faz shows durante o evento. "Quero incentivar a base. A gente tem dificuldade para achar pistas boas para treinar. Falta muita coisa para a modalidade evoluir. Santo André, que é minha cidade, não tem boa estrutura para o skate." Sem endereço fixo - se divide entre Santo André e Califórnia -, roda o mundo competindo. E, agora, também como juiz. Após o X Games, vai ao Rio, onde foi convidado para ser juiz do Red Bull X Fighters de Motocross). SURPRESA A primeira medalha internacional da carreira do skatista Lucas Carvalho, o Chaparral, foi conquistada ontem na decisão do street (com obstáculos). Foi uma surpresa, pois todos apostavam em Rodil Ferrugem Araújo Jr, de 30 anos, e dono de dez medalhas no X Games (terminou na quinta posição).

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