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''O lance da mão é inesquecível''

EU ME LEMBRO

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Por Redação
Atualização:

"Faz 38 anos que o meu gol de cabeça contra o São Paulo, na decisão do Paulista de 1971 (em 27 de junho), foi anulado pelo Armando Marques. E todo mundo que fala comigo lembra daquele lance. E só tinha uma câmera na transmissão da TV Cultura. Eu não poderia ter feito aquele gol com a mão. Só se tivesse acertado um soco fortíssimo, tal a velocidade que a bola ganhou para entrar no gol. O Dulcídio Wanderley Boschilla (já falecido), que era um dos bandeirinhas, correu para o centro do campo, validando o gol, mas o Armando, que sempre quis ser o protagonista do jogo, nem olhou para ele. O São Paulo foi esperto, bateu logo a falta, o jogo seguiu e foram poucas as reclamações. Mas o Palmeiras ficou abalado, pois eram uns 20 minutos do 2.º tempo e ainda dava para ir atrás da vitória. O São Paulo jogava pelo empate e vencia a partida por 1 a 0, gol do meu amigo Toninho Guerreiro, que também já morreu. Ficamos nervosos. Tinha um torcedor do São Paulo, que era médico, dentro de campo. Fazendo o quê? Não sei. Ele agarrou uma bola que saiu pela lateral e não queria devolver. O César Maluco e o Luís Pereira foram pra cima e o cara correu que nem o Usain Bolt. Só foi parar no vestiário do São Paulo. Dois anos depois do jogo, eu estava com a seleção em excursão pela Europa. Antes do jogo com a Itália, o Armando Marques, que chefiava a delegação, me disse: ?Depois de ver o VT, vi que errei naquele lance.? Eu disse que errar é humano. Quando fui jogar no São Paulo, em 1979, o presidente Antonio Leme Nunes Galvão me perguntou: ?E aquele gol seu com a mão??"

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