17 de novembro de 2010 | 00h00
Mas o jogo no Catar vem fora de hora. Desafio de tal envergadura deveria concentrar atenção, elevar nível de adrenalina e ser tema do dia. Não é. O torcedor, neste momento, quer saber do destino de seu time no Brasileiro, as polêmicas se referem às decisões dos árbitros no final de semana, às chances de Corinthians, Flu e Cruzeiro na rota do título, à luta contra o rebaixamento, à Sul-Americana. Muito justo. A frieza faz sentido, pois se impõe a paixão por aquilo que está próximo - e cada vez mais pesa a rotina dos clubes. A seleção é entidade distante, embora conte até com jogadores que ainda não debandaram para a Europa. O horário, 15h, também não ajuda.
Uma pena, porque se trata do primeiro grande teste para o grupo que Mano Menezes está a formar para a Copa de 2014. Pode representar o resgate de Ronaldinho Gaúcho com a amarelinha e o surgimento de dupla explosiva com Neymar. O jogo precisava ser tão longe e justo agora?
COLUNISTA DO "ESTADO"
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.