
22 de abril de 2011 | 00h00
CUCA, técnico do Cruzeiro
O curitibano Alexi Stival, o Cuca, está ciente de que vive, no Cruzeiro, o seu melhor momento como treinador desde que iniciou a carreira, em 1998. Aos 47 anos, Cuca atribuiu o sucesso à maturidade. Desde quando chegou à Toca da Raposa, o técnico comandou o time em 48 jogos, com um retrospecto invejável: 32 vitórias, 8 empates e 8 derrotas.
Levou o Cruzeiro ao vice-campeonato do Brasileiro do ano passado e na atual Libertadores a equipe celeste impressiona os adversários com campanha impecável, terminando a fase de grupos invicta e no primeiro lugar geral. Em entrevista ao Estado, Cuca defende uma chance para o goleiro Fábio na seleção e, de maneira ousada, sugere a naturalização do argentino Montillo para vê-lo na seleção.
Qual o segredo para o sucesso do Cruzeiro na temporada?
Gostaria de estar falando em cima da final do campeonato, em cima de uma conquista. É complicado falar no meio da competição.
O técnico Diego Aguirre, do Peñarol, definiu o time mineiro como o Barcelona das Américas? Esse favoritismo pode ser prejudicial na etapa seguinte?
Gosto de ouvir coisas assim de outros profissionais, porque os caras estão integrados como a gente. O reconhecimento do futebol vistoso, bonito, por parte de outro treinador de um clube tão tradicional quanto o Peñarol me deixa feliz. Mas a cada jogo que passa, a responsabilidade vai aumentando.
Considera esse o seu melhor momento como treinador?
É o melhor momento porque é o momento que eu estou mais maduro também, sabendo administrar melhor as situações complicadas da profissão. Acho que a idade mostra isso.
Do grupo que comanda, quem merece um lugar na seleção? A imprensa mineira cobra mais chances ao goleiro Fábio.
Eu concordo, mas como treinador tenho de entender o lado do Mano (Menezes). Ele tem as opções dele. Acho que o Fábio é hoje, sem dúvida, um goleiro selecionável. E tem outros jogadores aqui: o Henrique, que está vivendo um grande momento, o Wallyson, o Thiago Ribeiro... e se pudesse, num feito inédito, naturalizar um argentino...
No caso, o meia Montillo?
Não sei que repercussão ia ter isso, mas em termos de futebol ele tem bola para isso. Eu tive falando, de brincadeira, para ver a aceitação dele. E foi imediata.
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