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''O título coroaria meu retorno''

Marcos: goleiro do Palmeiras. Ídolo do Palmeiras, jogador festeja a volta ao gol da equipe depois de dois anos de lesões e problemas físicos

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Por Redação
Atualização:

Você fazia parte do time campeão em 1996, o último título paulista. O que lembra daquela época? Havia ansiedade antes do jogo que garantiu o título (contra o Santos, na penúltima rodada do torneio por pontos corridos)? E você imaginava naquele ano que iria se tornar um dos ídolos da torcida e chegar aonde chegou? Qualquer véspera de decisão rola uma ansiedade, isso é natural de qualquer pessoa, seja em qualquer acontecimento e segmento da vida. Naquela época a expectativa era menor, pois o Palmeiras já vinha de uma seqüência de títulos, mas a vontade de ser campeão é sempre a mesma. Em 1996, eu havia tido poucas chances como titular e tinha como meta ser o que era hoje. Mas acho que acabei extrapolando um pouco os limites (risos), pois consegui títulos muito importantes. Em 1999, última vez que o time chegou à final do Estadual, você era o titular do Palmeiras. Na decisão contra o Corinthians passava pela sua cabeça alguma imagem que fizesse referência a 96? Não, até porque eram momentos e situações diferentes. Aquele time de 1996 estava sobrando na competição e a gente até poderia perder para o Santos que, na rodada seguinte, tinha chance de ser campeão. Em 99 era disputa de Taça Libertadores e ainda mais contra o rival. Além disso, era um título que o palmeirense e todos nós jogadores sempre ambicionávamos. Como é voltar a participar de uma final de campeonato? E sentir que, após anos, o Palmeiras finalmente montou um time competitivo e com reais chances de título... É verdade, após bastante tempo o Palmeiras montou um time que volta a empolgar seu torcedor. Hoje a gente chega às competições com aquele sentimento de que dá para chegar ao objetivo final. Para mim é uma alegria imensa poder disputar uma decisão. Passei dois anos de muita dificudade, de uma série de lesões, e aquilo tudo foi muito difícil e doloroso para mim. Mas graças a Deus consegui dar a volta por cima e a conquista certamente coroaria o meu retorno aos gramados. O que você pode falar sobre Aranha, o goleiro adversário? Alguma vez já conversou com ele? O Aranha é uma pessoa humilde e que sabe se comportar sempre com muita personalidade e caráter. Fez um excelente Paulista, não apenas naquela partida contra o Guará, quando fechou o gol, mas no campeonato inteiro. Temos de nos preocupar com ele e com a excelente equipe da Ponte, que chegou até aqui porque teve méritos.

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