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O todo-poderoso Carpegiani

Há uma semana ele entregava cargo. Agora barra jogadores e fala grosso. ?Não vamos cair?

Por Fábio Hecico
Atualização:

Quem te viu, quem te vê. No domingo passado, Paulo César Carpegiani estava cabisbaixo após os 3 a 0 para o Náutico. Entregou o cargo e a diretoria resolveu bancá-lo no cargo. Agora, o treinador corintiano está se sentindo um deus no clube. Ontem, voltou a barrar o atacante Finazzi - já não havia ficado na reserva diante do Figueirense, jogo no qual também sacou Ricardinho do time. Segue sem dar chances para Vampeta e anda falando grosso. Garante que o fim do jejum vitórias está próximo e minimiza a crise. "O rebaixamento não é minha preocupação. O time não vai cair." Carpegiani mudou sua atitude justamente após conversar com o vice-presidente Rubens Gomes, o Rubão. Ao receber carta branca, agora tudo é do seu jeito. Éverton Santos vinha mal, perdeu a vaga. Peitá-lo é praticamente fechar as portas. "O Finazzi não deve bater de frente com o professor. É melhor ficar quieto e continuar trabalhando, que nova chance aparece", recomendou Wilson. Com Carpegiani é assim. O jogador nem vem treinando entre os titulares e, do nada, entra na equipe. Arce que o diga. De quarta opção, começou a partida contra o Náutico. E Clodoaldo? Afastado até da reserva por deficiência técnica, agora é o ?dono? do ataque. "Não penso em 11 titulares, mas no grupo do Corinthians. Se estão aqui, é porque têm condições de jogar", repete Carpegiani. Lei da mordaça é outra artimanha do treinador. Dinelson falou demais dias atrás e sofreu. Pedro também. O meia segue no grupo, o lateral, rescindiu por "decisão da diretoria". Na verdade, Carpegiani não admitiu o rebelde que ele mesmo levou para o clube. Roger é outro.Peitou, dançou. Por isso ele diz que o grupo de jovens é bom. Sem estrelas, quem teria coragem de enfrentá-lo? Só mesmo o auxiliar e amigo Cláudio Duarte, que ontem deixou o clube. Deve ir para o Juventude.

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