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Obsessão e necessidade movem a luta pelo ouro

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Por Almir Leite
Atualização:

SÃO PAULO - Conquistar a medalha de ouro no futebol olímpico está se tornando quase uma obsessão para brasileiros e brasileiras. Por motivos diferentes. O futebol masculino do País tem cinco Copas do Mundo, mas só a partir da década de 80 começou a dar alguma importância para os Jogos – a prata de 1984, por exemplo, foi ganha, a rigor, pelo time do Inter-RS – e a colocação da medalha dourada no peito por muito tempo foi mais uma questão de teimosia do que objetivo real. O feminino, fundamentalmente, vê no ouro a cartada maior, e decisiva, para a tentativa de fazer a modalidade ser levada realmente a sério no País.O Brasil tem chances reais de vencer as duas competições no futebol. No mínimo, deve voltar para casa com alguma medalha, como ocorreu quatro anos atrás, em Pequim, quando o time masculino foi bronze e o feminino, prata.O espírito das duas equipes, porém, vai ser distinto em Londres. Para a seleção masculina, se o ouro não vier haverá a boa desculpa de que ganhar a Copa de 2014, que o Brasil vai sediar, é o que realmente interessa. Além do mais, em 2016 a Olimpíada será por aqui e então o esforço pelo lugar mais alto do pódio vai ser total.Mesmo assim, um time com nomes como Neymar, Ganso, Lucas e Damião é sempre cotado.O feminino, ao contrário, tem no título olímpico o objetivo total. Para alcançá-lo, o técnico Jorge Barcellos tem promovido longos períodos de treinos e pretende realizar muitos amistosos, para que a seleção chegue a Londres bem preparada e, depois de algumas bolas na trave, enfim, faça o gol. Ou seja, conquiste o ouro.

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