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''''Ofereceram 100 mil para eu perder''''

Flávio Saretta confirma tentativa de suborno em Roland Garros

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Por Redação
Atualização:

Cada dia que passa, o escândalo de manipulação de resultados ou tentativa de suborno no tênis ganha novos capítulos. As acusações mais fortes são contra o russo Nikolay Davydenko, mas novos tenistas surgem. A revista IstoÉ de ontem trouxe entrevista com os brasileiros Flávio Saretta e Marcos Daniel, os dois melhores do País no ranking, confirmando terem sido vítimas da máfia da bolinha. "Já tentaram me aliciar várias vezes", conta Saretta na revista. Ele revela ter sido procurado durante o Torneio de Roland Garros, na França, em 2006. "Um cara, falando inglês, me procurou e ofereceu 100 mil (cerca de R$ 255 mil) para perder um jogo", relata. A partida era contra o italiano Potito Starace, válida pela segunda rodada. Saretta recusou e venceu o jogo por 3 sets a 2. "No Leste Europeu a aposta rola solta", disse Saretta à revista. ?BOA GRANA? Daniel teria sido aliciado no Torneio de Acapulco, no México, também em 2006. Foi acordado às 6 horas por um suposto apostador. "Em espanhol, ele me ofereceu US$ 20 mil (R$ 36 mil) para entregar a partida para o chileno Nicolas Massu", conta o atleta, que não cedeu à tentação e venceu a partida. Após a partida, o brasileiro checou os recados na secretaria eletrônica e viu que o sujeito havia ligado outras seis vezes. "Olha, você pode ganhar uma boa grana", contou o tenista, sobre um destes recados. "Se forem a fundo, vão ver que existe manipulação", diz o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, José Lacerda da Rosa. A ATP não admitiu ainda a existência de corrupção, mas colocou 140 jogos sob suspeita.

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