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Oscar é o mais novo 'queridinho' de Mano

Meia 'rouba' camisa 10 de Paulo Henrique Ganso e tem cada vez mais espaço na seleção

Por Mateus Silva Alves
Atualização:

SAINT ALBANS - A cada dia, a cada treino, a cada jogo, Oscar ganha mais espaço na seleção brasileira. Que ele "roubou" a camisa 10 de Paulo Henrique Ganso está claro desde a excursão pela Alemanha e pelos Estados Unidos, mas a reta final da preparação para os Jogos de Londres mostra que a confiança de Mano Menezes no jogador que o São Paulo revelou, mas não aproveitou, é total. Oscar virou um queridinho do treinador, como Ganso era no começo do trabalho do gaúcho na seleção.Mano tem motivos para gostar de Oscar. Nos treinos, o garoto se esforça para aprimorar suas virtudes e corrigir suas falhas. E nos jogos, ele resolve. Mesmo sem ter um estilo tão exuberante quanto o de Ganso, o meia fez um ótimo papel nos cinco últimos jogos da seleção, com passes inteligentes, boa movimentação, briga constante pela bola e até gols, como o que marcou contra a Argentina. Seu futebol é simples, mas eficiente.Ninguém melhor do que o próprio Oscar, aliás, para definir seu estilo. "Eu não sou um meia clássico", diz. "Sou um jogador mais moderno, com a preocupação de ajudar bastante na marcação. Tenho trabalhado muito nisso."O treinador, como se vê, não tem muitos motivos para se preocupar com Oscar. Não futebolísticos, pelo menos. Talvez Mano se inquiete com a situação profissional de seu pupilo, que está fechando sua transferência do Internacional para o Chelsea. O contrato com o clube inglês será assinado na sexta-feira, dia seguinte ao da estreia nos Jogos Olímpicos, em Cardiff.Se os jogadores tiverem algumas horas de folga na sexta, Oscar será liberado para se separar dos demais e ir ao encontro dos dirigentes do Chelsea para assinar o contrato. Do contrário, representantes do clube irão ao hotel da seleção em Manchester, local do segundo jogo, contra a Nova Zelândia. Tudo com a autorização da CBF, evidentemente.É natural que o técnico se preocupe com a cabeça de Oscar, que no momento não tem a seleção como única preocupação. Mas o meia jura que não há qualquer motivo para temor. Com segurança, apesar de sua evidente timidez, ele diz que não vai deixar o "caso Chelsea" atrapalhar seu desempenho. "Eu estou tranquilo, é o meu jeito", comentou. "Já aconteceram muitas coisas comigo e eu sempre continuei jogando bem, então esse problema (a transferência para o clube inglês) não tem me atrapalhado em nada." / M.S.A.

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