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Palmeiras desaba no Maracanã

O time não perdia para o Fluminense desde 1994, no Rio, e vê o sonho da conquista do título ficar mais distante

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Por Silvio Barsetti
Atualização:

O Palmeiras estava no G4 do Campeonato Brasileiro havia 14 rodadas, não perdia para o Fluminense no Rio desde 1994 - portanto há 14 anos. E ontem, ao levar o primeiro gol do Tricolor carioca, aos 14 minutos de jogo, viu o sonho da conquista do título ficar mais distante. A derrota por 3 a 0 foi incontestável, em que pese o polêmico gol de abertura do Fluminense, marcado por Carlinhos, em cobrança de falta. Os palmeirenses reclamaram muito da jogada, pois o atacante Washington ameaçou pôr a mão na bola, atrapalhando o goleiro Marcos. Protestaram ainda ao afirmar que o árbitro Sergio Carvalho levantara o braço, o que determinaria a cobrança em dois lances. O Palmeiras, agora em quinto lugar no Brasileiro, errou bastante durante o confronto. Só no primeiro tempo, foram inúmeras as falhas de marcação, na troca de passes e nas finalizações. Na verdade, o Palmeiras sofreu uma pane. Merecia ter deixado o Maracanã com um placar mais desastroso. O time, desarrumado, não armou uma jogada sequer eficiente. Foi totalmente dominado por um Fluminense de ânimo renovado desde a contratação do técnico René Simões, há três rodadas. Como de costume nos dias de grandes jogos no Maracanã, havia um pequeno grupo de turistas europeus nas tribunas do estádio. Se o intérprete-anfitrião não acompanha bem o Brasileiro, poderia supor que passou alguma informação equivocada no início, ao apontar o Palmeiras como candidato ao título e o Fluminense como um dos piores da competição, com risco de ser rebaixado. Os papéis começaram a se inverter com o gol de Carlinhos. Depois, num infortúnio da zaga, Mauricio fez gol contra. Fazia muito calor no Maracanã - temperatura acima de 30 graus - e o Palmeiras parecia mais cansado. O terceiro gol do Fluminense, de Júnior César, ainda no primeiro tempo, foi um balde de água fria, apenas no sentido figurado, para o Palmeiras. "Não adianta mais lamentar, temos que pensar no Goiás e fazer o dever de casa", disse o zagueiro Gustavo, referindo-se ao jogo de quarta-feira, no Palestra Itália. Vanderlei Luxemburgo substituiu Martinez por Denílson quando o placar era de 2 a 0. O meio-campo do time paulista não se entendia, os zagueiros apelavam com chutões para a frente e Kléber e Alex Mineiro não conseguiam produzir, talvez sentindo a falta de Diego Souza como armador. No segundo tempo, o quadro não se alterou. O Palmeiras tentou pressionar um pouco, mas o Fluminense era quem levava perigo nos contra-ataques. Por duas vezes, Washington esteve em condições de ampliar. "A verdade é que faltou concentração. Tomamos dois gols bobos, de erros de marcação, não jogamos bem e o resultado foi justo", lamentou o atacante Kléber. Como diminuiu o ritmo, o Fluminense não saiu do Maracanã com uma goleada histórica sobre o Palmeiras. Mas a vitória era o que mais importava para a equipe carioca, que deixou ontem a zona de rebaixamento. "Alguns torcedores já falam em Sul-Americana, mas não vamos entrar nessa. Nosso foco agora é o Figueirense", disse o técnico do Fluminense, René Simões, sobre a partida de quinta-feira, em Florianópolis.

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