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Palmeiras ganha e paz está de volta

Equipe bate o Goiás, por 1 a 0, no Palestra, e volta a brigar pelo título

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Por Fábio Hecico
Atualização:

Não foi brilhante. Muito menos, tranqüilo. Mas o triunfo apertado, por 1 a 0, ontem à noite, no Palestra Itália, mostrou que a paz impera no Palmeiras e que o time segue muito vivo na luta pelo título do Brasileiro. Alex Mineiro anotou o gol solitário do encontro, acabando com série de quatro jogos sem vitórias, três deles no Nacional. "Uma vitória importantíssima, suada, mas que vai nos ajudar bastante", comemorou o lateral Leandro. Festa pelo resultado e desabafo. "Criaram crise inexistente aqui. Mas amanhã (hoje) vão estar dizendo que estamos de novo na briga." O atacante Kléber seguiu a linha de raciocínio do companheiro. "Perdemos para o Fluminense e falaram de crise, porém, não tem nada. Ganhamos e agora é pensar no Santos", observou, lembrando do clássico de domingo, na Vila Belmiro. O discurso de crise surgiu após o tropeço no Rio. Marcos acabou dando algumas declarações que não foram bem digeridas pelo grupo. Diego Souza, por exemplo, retrucou, pedindo ética e que a roupa suja fosse lavada em casa. Para piorar, o portão da Academia de Futebol apareceu pichado com um pedido: "Raça, Verdão." Uma bronca de 1h10 de Luxemburgo, principalmente no goleiro Marcos, recolocou a casa em ordem. "Vamos fazer um grande jogo", previa o técnico. Não foi grande, mas brigado e encerrado com o esperado triunfo. Um alívio para os palmeirenses. Com postura defensiva, o Goiás dificultou as ações. Fechava os espaços e arriscava nos contragolpes. Pecou, apenas, aos 26 da fase inicial. Num cruzamento, Júlio César agarrou Kléber. Pênalti. Alex Mineiro cobrou com precisão e anotou seu 18º gol. "Estávamos precisando fazer um gol. Na gíria, o "time estava no aperto", respirou aliviado Alex. "Estamos de volta à briga pelo campeonato." Realmente o time está. E, se Luxemburgo vive dizendo ser resultado do conjunto, todos têm de se render a Marcos. Após bronca, ele jogou com seriedade e firmeza. Quase não foi exigido, porém, mostrou profissionalismo e por que é capitão e ídolo. Orientou, gritou, gesticulou, aplaudiu, sorriu, lamentou, coçou a cabeça e, no principal lance, com Iarley na sua frente, fez a defesa do jogo. Saiu de campo aplaudido e elogiado por Iarley. "Eu tentei colocar no canto e o Marcos teve mérito, pois soube diminuir o espaço." No fim, mostrando que o time tem garra, os palmeirenses lutaram. Não ficaram envergonhados em apelar para o chutão, pois valia se manter vivo. Um bravo 1 a 0.

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