
11 de novembro de 2012 | 02h01
Acabaram as contas, previsões e combinações de resultados para o Palmeiras. A partir de hoje, a meta é vencer e vencer. Qualquer tropeço deve ser fatal e quatro vitórias nas quatro partidas restantes neste Campeonato Brasileiro também garantem o time n Série A. É preciso triunfar e torcer por vacilos dos rivais na corrida contra o rebaixamento, como o da Portuguesa, que perdeu ontem para o Botafogo por 3 a 0, no Engenhão.
Mas, como nada tem sido fácil para o Alviverde, o adversário que precisa ser batido, hoje, em Presidente Prudente, é justamente o Fluminense, líder com sobras e que tem tudo para ser campeão na tarde de hoje.
Por isso, entra em campo como se fosse um jogo de tênis, onde precisa salvar quatro match points (ponto final que sacramenta o fim do jogo de uma partida de tênis). Um erro individual, um chute torto ou mesmo o azar, que tanto acompanha o time em diversos momentos, podem ser suficientes para decretar a queda e transformar a temporada de 2012 - que por alguns meses pareceu mágica e redentora graças ao título da Copa do Brasil - numa das mais tristes para a história do clube.
Os acontecimentos da semana mostraram que o desespero toma conta da equipe e será necessária uma mudança grande de comportamento para conseguir triunfar diante do Fluminense, que está com as mãos na taça.
Predominou no Palmeiras assuntos como retaliação da torcida, ameaças, briga no tapetão e treinos fechados. O que mais se falou foi de esperança e medo.
"Enquanto houver chances matemáticas, temos que sonhar. Podemos terminar o ano como heróis, porque a maioria coloca o Palmeiras como rebaixado, e realmente não depende de nós, mas temos esperança em terminar o ano com um título, a vaga na Libertadores e a permanência na Série A", disse o gerente de futebol, César Sampaio.
O atacante Barcos mostra menos fé, mas e espera que pelo menos o time consiga jogar com dignidade até o fim.
"Temos de ganhar todos os jogos, mas empatamos domingo. Se vamos morrer, que seja de pé. Ninguém sabe mais do que a gente da responsabilidade e vamos manter a esperança viva."
Já Bruno lamenta o fato de o time não depender mais de suas forças. "A gente queria depender só de nós mesmos mas não é assim. A sensação é péssima. Mas o nosso foco são as quatro vitórias. Não adianta os outros perderem e a gente também perder os nossos jogos."
Segurança reforçada. A tensão no clube aumentou com os protestos da torcida, com ameaças contra os jogadores e diretoria. Por isso, o Palmeiras preparou um esquema de guerra para ir para Presidente Prudente. No total, 270 policiais, além dos seguranças do clube, estarão atentos para evitar confusões.
Informações a respeito de horários de viagem e até mesmo local de hospedagem do time na cidade são tratadas com sigilo. Seguranças particulares contratados em Prudente se juntarão aos que normalmente já servem ao clube, que irão de van da Capital para o interior.
Em meio a tudo isso, Kleina tenta focar suas atenções apenas na partida. Ele comandou dois treinos fechados para a imprensa na semana. A tendência é que mantenha a equipe que empatou com o Botafogo no domingo.
PALMEIRAS
Bruno
Artur
Maurício Ramos
Henrique
Juninho
João Denoni
Marcos Assunção
Wesley
Patrick Vieira
Luan
Barcos
Técnico:
Gilson Kleina
FLUMINENSE
Diego Cavalieri
Bruno
Gum
Leandro Euzébio
Carlinhos
Edinho
Jean
Wellington Nem
Thiago Neves
Rafael Sobis
Fred
Técnico:
Abel Braga
Juiz: Leandro Vuaden (RS)
Local: Estádio Eduardo José Farah
Horário: 17h
Transmissão: Globo e Band
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