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Palmeiras mostra a sua força

Comandado em campo por um inspirado Denilson, campeão paulista se impõe ao time gaúcho e vence por 2 a 1

Por Fábio Hecico
Atualização:

Dois favoritos, Palmeiras e Internacional. Ambos campeões estaduais. Equipes sem outras preocupações na temporada, o que prometia um grande confronto ontem à noite, no Palestra Itália. Mas a expulsão de Edinho, logo aos 18 minutos, acabou tornando o duelo totalmente desproporcional. Homem a mais em campo, vantagem verde no placar: vitória por 2 a 1 e a soma dos primeiros pontos no Campeonato Brasileiro. Triunfo importante. Com bela apresentação de futebol, sobretudo de Denilson. Dribles desconcertantes, boas chances e apenas três sustos. No gol de empate, feito por Índio no fim da primeira etapa, e em outras duas finalizações do zagueiro, na fase final, uma cortada em cima da risca por Pierre. No mais, só festa num Palestra Itália com pouco público. O primeiro duelo palmeirense em casa teve só 10.116 pagantes, algo decepcionante. A esperança dos dirigentes de colocar 27 mil torcedores no Palestra Itália terminou frustrada com o aumento do preço dos ingressos, de R$ 20,00 para R$ 40,00. A principal torcida organizada, a Mancha Alviverde, fez protesto e nenhum de seus integrantes entrou no palco do jogo. Perderam uma segura apresentação de futebol, com lances plásticos de Denilson, Lenny e do chileno Valdivia. O Palmeiras entrou com novidades em campo. Uma era provável, a mudança de Gustavo - não vinha agradando - por David, na defesa. A outra surpreendeu. Na vaga de Kléber, cortado por ter agredido o zagueiro reserva Maurício no treino de sexta-feira, todos apostavam na escalação de Lenny. Quem acabou iniciando o jogo foi o volante Léo Lima, recuperado de lesão muscular que o tirou das finais do Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta. Um falso esquema defensivo. Com a bola nos pés, Léo Lima e Martinez tinham liberdade para atacar. Leandro e Elder Granja pareciam pontas. Antes do 15 minutos, os palmeirenses já haviam lamentado dois incríveis gols perdidos. Com Denilson, aos 3, e Alex Mineiro, aos 12. Estavam na cara de Renan e não aproveitaram. Nada para causar desespero. Ainda mais quando Edinho mostrou falta de habilidade e deu rasteira em Valdivia. A grosseria foi premiada com cartão vermelho. "Acho que até toquei um pouquinho, mas o Valdivia encena muito. Não merecia ser expulso", saiu na bronca Edinho. Na verdade, ele tinha é de se desculpar com os companheiros pela besteira que fez. A comemoração da torcida verde teve proporções idênticas à de um gol. E ele viria logo depois. Denilson deixou o zagueiro tonto e acertou no canto do goleiro Renan: 1 a 0 e, finalmente, a ?festa no chiqueiro?. Com um jogador a mais em campo e vantagem no placar, era questão de tempo a marcação do segundo gol. Porém, contra um time que carrega a virtude de jamais se abalar e apostar na raça gaúcha, é necessário estar ligado até o minuto final. Não houve atenção e justamente no último suspiro da fase inicial, Índio igualou o marcador, em cabeçada certeira. "Falhamos na marcação", reconheceu o zagueiro Henrique. "Mas vamos marcar o segundo." Premonição ou confiança, pouco importa. Valeu mesmo é a precisão de Alex Mineiro em cobrança de pênalti, aos 15. Fez 2 a 1 e deu beijo em Valdivia. O chileno havia sofrido o pênalti. O próximo confronto do Alviverde será com a Portuguesa, domingo, no Pacaembu. O mando é da Lusa, mas por acordo entre as diretorias, os dois jogos entre os times serão no estádio municipal. O Palmeiras terá boa chance de já se aproximar dos líderes. CHAVES DO JOGO 1. Expulsão de Edinho Volante levou cartão vermelho com apenas 18 minutos de jogo e facilitou a vida dos palmeirenses 2. Habilidade Denilson e Valdivia levaram a zaga colorado à loucura com dribles desconcertantes 3. Firmeza defensiva David, novo titular, Henrique e o volante Pierre neutralizaram os perigosos Nilmar e Fernandão

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