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Palmeiras tropeça e se garante

Apesar da derrota para o Botafogo, o time vai para a Libertadores

Por Anelso Paixão
Atualização:

O Palmeiras se garantiu na Libertadores de 2009, mas da pior forma possível. Diante de sua torcida, em pleno Palestra Itália, perdeu por 1 a 0 para um Botafogo em frangalhos, com salários atrasados e com vários jogadores se despedindo do clube. De quebra, também perdeu a 3.ªª colocação no Brasileiro para o Cruzeiro e terá de disputar a pré-Libertadores, diante de uma equipe boliviana, para assegurar vaga na fase de grupos. A classificação só veio ontem graças à derrota do Flamengo para o Atlético-PR na Arena da Baixada, por 5 a 3. Ciente de que a vitória era fundamental, o Palmeiras começou o jogo pressionando e mostrando que queria definir logo, sem precisar de ninguém, sua vaga na Libertadores. Aos 2 minutos, a primeira chance desperdiçada, em cabeçada de Kléber para fora. A pressão continuou e, aos 8, Kléber voltou a perder boa chance. A partir daí, porém, estranhamente o time foi dando espaço ao adversário. Aos 10 minutos, Lúcio Flávio cobrou escanteio direto para o gol e surpreendeu o goleiro Marcos. A bola bateu no travessão. Aos 30, após rebote na área, a bola sobrou para Lúcio Flávio, que chutou forte e o ala Fabinho Capixaba conseguiu salvar. Aos 35, outra bola na trave chutada por Lúcio Flávio. Após três chances não convertidas, o meia reconheceu no intervalo. "Está faltando caprichar um pouco mais", disse. E esse capricho veio na primeira jogada de ataque do segundo tempo. Aos 4 minutos, o meia avançou pela direita e cruzou perfeito para Wellington Paulista marcar de cabeça. Se os palmeirenses já davam sinais de nervosismo, neste momento se desesperaram. Embora sabendo que a derrota do Flamengo era suficiente, os jogadores não admitiam perder. O técnico Vanderlei Luxemburgo também resolveu agir e colocou o atacante Denílson no lugar do zagueiro Jéci. O Botafogo respondeu tirando o zagueiro Edson, que já tinha amarelo, para a entrada de Luciano Almeida. O Palmeiras, na base do desespero, passou a ir mais ao ataque. Kléber ficou na cara do gol, mas chutou em cima de Renan, aos 12. Aos 15, foi a vez de Fabinho Capixaba também chutar no goleiro. Neste instante, a torcida perdeu de vez a paciência e começou a vaiar. Luxemburgo fez mais duas substituições, tirando Sandro Silva e Evandro para as entradas de Jumar e Tiago Cunha. Pouco adiantou. Só tinha um caminho então: tentar os cruzamentos para a área. A jogada funcionou aos 35, com Tiago Cunha cabeceando para fora de dentro da pequena área. Aos 36, o time carioca perdeu o atacante Alexandro, que havia entrado no 2.º tempo, expulso. Logo depois, porém, o zagueiro Maurício também recebeu o vermelho, e tudo ficou igual. E, aos 46, o lance mais incrível: Tiago Cunha cruzou e Diego Souza, livre na pequena área, cabeceou para fora. Acabava ali o sonho de não repetir 2007, quando perdeu para o Atlético-MG na última rodada, e de dar um desfecho menos triste à sua participação neste Brasileiro.

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