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Palmeiras vai ao ataque. Mas com muita cautela

Jogadores não querem saber de afobação e temem os contra-golpes do perigoso time são-paulino

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Por Daniel Akstein Batista
Atualização:

Atacar sim, mas com cautela, muito cuidado para não ser surpreendido. O Palmeiras já sabe qual a tática que deve adotar para sair vitorioso amanhã, contra o São Paulo, no Palestra Itália. E a paciência vai ser sua principal arma. "Às vezes a gente se sente na obrigação de ser um time ofensivo, atacar e aí nos esquecemos de defender e tomamos o contra-ataque", contou o goleiro Marcos. "Não podemos ir desesperados para cima no começo do jogo." O zagueiro Henrique segue o raciocínio do companheiro e pede calma ao grupo. "Não podemos ir afoitos", ensinou. "A tranqüilidade vai fazer a diferença. Jogar afobado nunca dá certo." O técnico Vanderlei Luxemburgo promoveu mais um treino secreto na tarde de ontem. Mas apesar dos mistérios, o time não deve ter muita novidade: Martinez entra na vaga do suspenso Pierre. Amanhã no Palestra Itália, Luxemburgo não quer saber da palavra ?vingança?. Pelo menos é esse o discurso que o técnico passa para os jogadores. De acordo com o treinador, o time alviverde não precisa de uma motivação a mais para sair vitorioso no clássico , a não ser o fato de poder chegar à decisão do Estadual. "Temos de ganhar por nós. Eles não estão engasgados não", contou Vanderlei Luxemburgo. "O São Paulo é um grande adversário e temos de ganhar para passar a final. Não é uma motivação a mais (jogar contra o Tricolor)." O treinador tenta ao máximo passar tranqüilidade ao elenco. Na semana passada, teve de conter a euforia de alguns atletas e evitar que o favoritismo colocado pela imprensa e pelos torcedores influenciasse no rendimento dos jogadores. Não conseguiu. "Esse grupo sentiu a semana em que jogaram o favoritismo para gente", contou. O atual trabalho de Luxemburgo é dar motivação ao grupo. Experiente, o técnico tenta tirar o máximo da responsabilidade dos atletas. Não quer ver o time abalado com um possível eliminação no Estadual. "Coloca-se muito como se fossem os últimos 90 minutos de cada jogador", declarou o comandante. "Temos a possibilidade de reação. Sabemos que vai ser um jogo difícil para nós, mas para o São Paulo também."

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