PUBLICIDADE

Pan do Rio corre risco de ficar sem a disputa da vela

?Se não for resolvido o imbróglio jurídico, teremos que pedir o cancelamento dessa modalidade", disse o dirigente da organização dos Jogos

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos do Rio (CO-Rio) está pressionando as partes envolvidas na briga judicial que envolve a Marina da Glória para que cheguem a um acordo o mais rápido possível. A entidade divulgou uma nota nesta quarta-feira, na qual expressa preocupação com a paralisação das obras no local, onde estão previstas as provas de vela do Pan de 2007, por causa de uma liminar da 11ª Vara Federal do Rio. ?Se não for resolvido o imbróglio jurídico, teremos que pedir o cancelamento dessa modalidade, o que seria horrível para quem quer sediar os Jogos Olímpicos de 2016?, disse Ruy Cezar, secretário especial do Pan. O dirigente espera que a questão seja solucionada antes da próxima segunda-feira, quando o CO-Rio participará da reunião com a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa). Ele acredita que se tudo não for resolvido, a entidade deverá estipular um prazo de 10 dias para uma resposta definitiva sobre o caso. O projeto do Pan prevê a construção, por parte da empresa Marina da Cidade, de um centro de convenções e de um shopping na área da Marina da Glória. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acionou a Justiça alegando que as obras invadem o Parque do Flamengo, tombado desde 1965 e cujo projeto paisagístico é de autoria de Burle Marx. Integrantes da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas avaliaram o projeto e também deram parecer negativo. Os principais velejadores do País divulgaram uma nota a favor da retomada das obras. Já os administradores da Marina da Glória e Marina da Cidade não quiseram comentar o caso. E no Iphan, funcionários, em greve, informaram que o processo corre em segredo de Justiça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.