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Para competir em Londres, Bolt ganha 'presente': isenção de impostos

Ministro das finanças da Grã-Bretanha anunciou que o governo não cobrará taxas de atletas estrangeiros que competirão no Meeting de Londres, em julho

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - Para ter uma estrela como Usain Bolt em uma competição, vale tudo - até abrir mão de ganhar dinheiro. E é justamente isso que o governo britânico fará para que o astro jamaicano volte a correr na Inglaterra. Com a intenção de garantir a presença do velocista e de outros grandes atletas no Meeting de Londres de atletismo, em julho, dará isenção de impostos aos ganhos que eles terão no país.

 

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O 'presente' para Bolt foi anunciado pelo Ministro das Finanças, George Osborne, em reportagem do Daily Telegraph. "O governo está determinado a fazer tudo possível para garantir o legado olímpico e estou muito feliz em conceder essa exceção", afirmou o político. A tradicional etapa londrina da Liga Diamante, que dura dois dias e normalmente é disputada no Crystal Palace, será realizada este ano no Estádio Olímpico. As datas da competição vão coincidir com a festa de um ano da realização dos Jogos de Londres.

 

Não é de hoje que grandes esportistas estrangeiros reclamam das altas taxas cobradas pelo governo britânico sobre as premiações recebidas e também por seus ganhos globais. Até por isso, o torneio de Wimbledon tem aumentado, ano a ano, o valor dos prêmios, para não correr riscos de ficar sem as grandes estrelas do tênis, muito embora Rafael Nadal já tenha feito críticas públicas às cobranças. O mesmo não acontece no atletismo e, apesar da etapa da Liga Diamante de Londres ser uma das mais especiais do calendário, Bolt não participa dela desde 2009.

 

Bolt sempre afirmou que adoraria competir em terras britânicas com maior frequência - Londres é a sua base durante o período em que compete na Europa. Seu agente, Ricky Simms, mostrou satisfação com a decisão do governo. "É uma boa notícia para a Liga Diamante e para o esporte britânico em geral. As regras de tarifação desencorajaram muitos atletas de competir no Reino Unido, até porque existem muitas opções."

 

O tesouro britânico cobra impostos não apenas de cachês (Bolt, por exemplo, recebe cerca de US$ 250 mil - ou quase R$ 500 mil - para ir a uma competição) e prêmios, mas também um percentual sobre os ganhos globais dos atletas. Isso, para muitos, é considerado um abuso.

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