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Paulo Wanderley promove novos cortes de pessoal no COB

Dirigente demite Edgar Hubner, gerente geral de Juventude e Infraestrutura

Por Paulo Favero
Atualização:

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) continua firme em seu processo de cortes de pessoal e reestruturação desde que Paulo Wanderley assumiu como presidente da entidade. Nesta sexta-feira, Edgar Hubner, gerente geral de Juventude e Infraestrutura, foi demitido de seu cargo. "O COB passa por um processo de reestruturação administrativa e financeira, e a redução de custos envolve o corte de pessoal", disse a entidade, em nota. + Bernard Rajzman é demitido do COB Hubner recebia quase R$ 47 mil por mês e era um dos salários mais altos da entidade, ainda mais depois da saída de diretores que ganhavam altas cifras. Até o momento, foram realizados mais de 30 demissões no COB e o processo não vai parar por aí. O próprio presidente já avisou que isso será uma prioridade neste momento.

Paulo Wanderley, presidente do COB Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

No início do mês,

Bernard Rajzman

, que era diretor de relações institucionais e é o único brasileiro membro do COI (Comitê Olímpico Internacional), foi demitido. Aos 60 anos, ele era o último diretor que havia sobrado da antiga gestão e foi a quarta grande demissão nas últimas semanas. Ele ganhava cerca de R$ 45 mil.

O primeiro a deixar o COB foi o general Augusto Heleno, que comandava o Instituto Olímpico - órgão educacional da entidade. Ele pediu desligamento e tinha um salário estimado em R$ 56 mil. Depois, foi a vez do secretário-geral e diretor financeiro, Sérgio Lobo, que tinha os rendimentos mais altos na entidade: mais de R$ 88 mil por mês.

No final do mês passado, foi confirmada a saída do diretor executivo de Esportes,

Agberto Guimarães

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. Ele ficou no cargo pouco mais de um ano e tinha como missão comandar o Time Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Ganhava mais de R$ 77 mil e estava dentro do perfil de funcionário que Wanderley desejava demitir, por causa do alto salário.

A ordem do novo presidente é fazer esses cortes em todos os setores e das mais diversas formas. Uma delas será a mudança da sede do COB, no segundo semestre de 2018, para o Maria Lenk, com a estimativa de economizar cerca de R$ 4,5 milhões ao ano. Outra delas será com a redução de pessoal ou, pelo menos, na folha salarial. Isso já vem acontecendo.

No fim de outubro, em entrevista ao Estado, Paulo Wanderley afirmou que a entidade passaria por contenção de despesas e que "fatalmente" haveria mudanças em seu quadro de diretores. Mais do que isso, avisou que carta branca não haveria pra ninguém. Ao que tudo indica, nas próximas semanas novos cortes deverão ser promovidos.

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