19 de julho de 2011 | 00h00
RIO - Saltar, rastejar, caminhar por cima de cordas, passar por tubos, arremessar granadas, além de fazer corrupios, escaladas e descidas na corda. Cansa só de observar.
Imagine fazer esses exercícios debaixo de sol forte e com a adrenalina de lutar por medalha nos Jogos Militares.
Por isso, muitas vezes os competidores do pentatlo naval são chamados de "loucos" e "masoquistas". Nesta segunda-feira, eles realizaram apenas a primeira das cinco provas da competição, denominada pista de obstáculos.
Os homens percorreram um trecho de 305 metros com dez obstáculos, e a mulheres, 280 metros com 9 "barreiras". Ali, são simuladas atividades da rotina dos marinheiros e fuzileiros navais.
"Saí com o coração na boca, bem ofegante", admitiu o fuzileiro naval Carlos Renato Lourenço, entre a alegria e o alívio de terminar a prova em terceiro lugar, com o status de ser o brasileiro mais bem colocado.
O bom rendimento não lhe surpreendeu tanto quanto deixar a competição sem se machucar. "A maioria dos atletas sai sangrando, com uma cicatriz pelo menos. Hoje (segunda), por um acaso, não saí com nenhum arranhão."
Aos 40 anos, sendo 22 deles servindo a Marinha, Lourenço sabe que não é mais um "garotão". Por isso, redobra os cuidados para não perder o ritmo e a forma física. Ele evita doce, álcool e gordura.
Tudo para suportar a maratona. Nesta terça-feira tem mais duas provas: natação de salvamento e natação utilitária - nesta, os atletas nadam com um uma réplica de fuzil nas costas. Quarta, a disputa é de habilidades navais. No último dia, todos remam, lançam granadas e atiram.
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