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Pequim-08: ativistas denunciam a China

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Por Agencia Estado
Atualização:

Ativistas vão à ONU denunciar a China por desalojar parte dos habitantes de algumas cidades para construir as novas infra-estruturas para os Jogos Olímpicos de 2008, que serão realizados em Pequim. Em uma conferência nesta quarta-feira em Genebra na sede das Nações Unidas, a entidade Centro para o Direito à Habitação, uma das maiores organizações não-governamentais (ongs) na luta por moradia, acusou as autoridades chinesas de já terem despejado cerca de 300 mil pessoas de suas casa para a realização das obras, e isso a mais de quatro anos do início do evento. Segundo a ONG, 200 pessoas ainda foram levadas à prisão por terem se queixado do despejo, considerado como ilegal pelos cidadãos da região de Pequim. Outro temor dos ativistas é de que, durante os jogos, vários bairros pobres de Pequim sejam esvaziados para que a imprensa internacional não se depare com a pobreza no país. Pequim, porém, não é a primeira cidade a ser acusada de violações. Em 1988, nas Olimpíadas de Seul, as autoridades coreanas também sofreram críticas. Para evitar que esses problemas e violações aos direitos humanos voltem a ocorrer, as entidades pedem que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proíba que as autoridades continuem com as práticas de despejar a população local. Os ativistas ainda querem que o COI adote uma série de critérios para que as futuras cidades que sejam candidatas para receber os jogos, como o Rio de Janeiro, Havana, Moscou e Istambul, respeitem o princípio de não despejar suas populações de suas casas para a construção de infra-estrutura. Outra iniciativa das ongs é a de pedir que os principais patrocinadores de eventos esportivos evitem participar de eventos em países que estejam despejando sua população para a construção de novas instalações para a competição. Cartas foram enviadas a empresas como Coca-Cola, Kodak, McDonald´s, Visa, Samsung, Panasonic, Time, Swatch e Xerox, alguns dos maiores patrocinadores do COI.

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