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Pequim confirma decadência cubana

Por Wilson Baldini Jr e Pequim
Atualização:

O enfraquecimento político de Cuba refletiu-se no fraco desempenho dos atletas cubanos nos campos, quadras e pistas de Pequim. Com 2 medalhas de ouro, 11 de prata e 11 de bronze, a ilha do Caribe terminou apenas na 28ª colocação. Em Barcelona-1992, os cubanos ficaram em quinto lugar, com 14 medalhas de ouro, 6 de prata e 11 de bronze, atrás apenas da Comunidade dos Estados Independentes (ex-União Soviética), dos Estados Unidos, da Alemanha e da China. Em Atlanta-1996, Cuba terminou em oitavo lugar. Foi nono em Sydney-2000 e 11º em Atenas-2004. O maior responsável pela queda de Cuba no quadro geral de medalhas foi o boxe, que não obteve nenhuma medalha de ouro. Foram quatro de prata e quatro de bronze. O país perdeu até a hegemonia na categoria dos pesos pesados (até 91 quilos), que exercia desde Munique-1972, com os legendários Teófilo Stevenson e Félix Savón. Só em Los Angeles-1984 não conseguiu o primeiro lugar, pois participou do boicote político e ficou fora dos Jogos. O pugilismo cubano sofreu várias perdas nos últimos dois anos com seguidas deserções, o que levou o país a não levar uma equipe completa - ou seja, 11 pugilistas. Foram apenas dez os classificados para Pequim. O time que foi à China era jovem e inexperiente. Nomes como o de Odlanier Solis, Yan Bartlhelemy, Yuriorkis Gamboa, Erislandy Lara, Guillermo Rigondeaux e Mario Kindelán foram bastante lembrados durante as noites de boxe no Ginásio dos Trabalhadores de Pequim . DECEPÇÃO Além do boxe, o beisebol cubano também decepcionou. Chegou à decisão do ouro sem o esperado duelo com os Estados Unidos, mas não teve forças para superar a Coréia do Sul. O judô conquistou seis medalhas (três de bronze e três de prata), mas ficou faltando o primeiro lugar no pódio, que conta mais para a classificação geral. As duas medalhas de ouro vieram no atletismo e na luta greco-romana.

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