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Pesquisa Estado-2004: emoções fortes

Por Agencia Estado
Atualização:

O ano de 2004 foi de emoções intensas. De grandes vitórias, derrotas, alegrias, tristezas e muita pressão. E os resultados da Pesquisa Estado foram o reflexo de uma temporada cheia de contrastes. O melhor jogador em atividade no Brasil e o protagonista do fato marcante do esporte mundial deste ano, segundo 174 jornalistas do País que participaram da enquete, não poderiam representar melhor o que foi 2004: o craque Robinho e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. A temporada começou ruim para Robinho, com o fim do sonho da Libertadores e a eliminação da seleção brasileira no Torneio Pré-Olímpico. No segundo semestre, a volta por cima do astro santista parecia perfeita, não fosse o seqüestro da mãe ? que o obrigou a afastar-se do futebol por 41 dias ? tempo em que duraram as negociações para resgatá-la. Depois da angústia, a imagem que ficou foi a do final feliz, com a volta de Marina Souza para casa a tempo de o filho jogar em São José do Rio Preto e comemorar em campo o segundo título brasileiro do Santos. Outro personagem que teve ano com momentos dramáticos foi Vanderlei Cordeiro. Ele liderou a maior parte da maratona na Olimpíada de Atenas, até ser agarrado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, o que lhe custou a medalha de ouro. A reação humilde e sem rancor da vítima transformou-se em exemplo no esporte, que encantou não só brasileiros, como o mundo inteiro. Vanderlei ainda teve forças para reagir e chegar em terceiro. Daiane dos Santos também se encaixa no perfil do ano de contrastes. Depois de primeiro semestre glorioso nas competições do solo da ginástica artística, teve de superar contusão delicada e uma cirurgia. O problema, aliado à pressão por vitórias, prejudicou sua participação na Olimpíada, em que não ganhou medalha.Mas a gaúcha ressurgiu meses depois na final da Super Final da Copa do Mundo, no dia 12, para sagrar-se a campeã do ano. Mas 2004 representou só satisfação a pessoas ligadas ao esporte. Um deles? Vanderlei Luxemburgo. Campeão brasileiro no ano passado com o Cruzeiro, repetiu a proeza no Santos e foi eleito o melhor treinador do ano. Na votação, porém, precisou travar disputa acirrada com Tite, cujo trabalho para reabilitar o Corinthians foi reconhecido. Outro a só comemorar vitórias foi o velejador Robert Scheidt, que conquistou o bicampeonato olímpico ao lado de mitos do esporte nacional como Torben Grael, Marcelo Ferreira, Maurício e Giovane. O Brasil não era bicampeão olímpico havia 48 anos, desde que Adhemar Ferreira da Silva venceu no salto triplo nos Jogos de Melbourne. Mas 2004 não foi marcado apenas por alegrias. O futebol brasileiro viveu um de seus momentos mais dramáticos com a morte em campo do zagueiro Serginho, do São Caetano, por ataque cardíaco. A tragédia foi transmitida pela TV e chocou o mundo. Ao mesmo tempo, o País viu o Atlético-PR, o melhor time do ano, segundo a Pesquisa Estado, mostrar seu potencial e reabilitar o atacante Washington, artilheiro do torneio e que quase encerrou a carreira por problemas no coração. A equipe paranaense também teve a revelação do Brasileiro: o meia Jadson.

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