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Phelps se despede com ouro: o quinto

Por Agencia Estado
Atualização:

Michael Phelps se despediu dos Jogos Olímpicos de Atenas, nesta sexta-feira, com mais uma medalha de ouro, a quinta em uma semana de competições. Em frente ao bloco de partida, quase sempre a raia de número 4, reservada aos donos dos melhores tempos nas eliminatórias e semifinais, concentra-se na prova que virá, em busca de mais uma medalha. Nesta sexta, Phelps ganhou os 100 m, borboleta, com 51s25, novo recorde olímpico. Um nadador que vale para o seu país no quadro de medalhas, mais do que várias delegações juntas. No total Phelps encerra participação nos Jogos com sete medalhas. Não vai nadar o 4 x 100 m, medley, no último dia da natação, que acaba neste sábado - abriu mão em favor de Ian Crocker e porque disse estar muito cansado. Mas como nadou a eliminatória, nesta sexta-feira pela manhã, se sua equipe ganhar também receberá a medalha, a oitava olímpica. Os Estados Unidos nunca perderam essa prova na Olimpíada. Na mesma final dos 100 m, borboleta, o brasileiro Gabriel Mangabeira foi o sexto colocado, com 52s34 (nas semifinais havia batido o recorde sul-americano com 52s33). "Nadar uma final olímpica, dentre os melhores do Planeta, tendo ao meu lado o recordista mundial (Ian Crocker) e o campeão olímpico... Foram as 48 horas mais emocionantes da minha vida. Sai de um Zé ninguém para um finalista olímpico. Não podia ser melhor para a minha primeira Olimpíada." O brasileiro que treina na Flórida (EUA), com Greg Troy (que foi técnico de Gustavo Borges) e Antony Nesty (que ganhou medalha de ouro na mesma prova nos Jogos de Seul, em 1988), estava muito orgulhoso. Gabriel, que é negro, como Nesty, acha que não é uma questão de biótipo a ausência de mais pessoas da raça na natação, mas sim uma questão sócio-econômica. "Hoje já são vários os negros na natação - tem até uma grega (Nery Mantey Niangkowara). É só uma questão de oportunidade." Mas Gabriel, que se forma em administração este ano, após quatro anos estudando com bolsa nos EUA, pretende voltar a morar e treinar no Brasil na próxima temporada. Agora vai tirar uma semana de folga, com a família e a mãe, Sueli, em Niterói. Michael Phelps abre o sorriso no pódio, ao lado do compatriota Ian Crocker, medalha de prata (51s29), e do ucraniano Andriy Serdinov, medalha de bronze (51s36), na cerimônia de premiação. "Eu não tenho mais competições amanhã. Eu acho que vai ser a semana mais linda da minha vida", disse Phelps, se despedindo da piscina do Parque Aquático de Atenas e de Jogos gloriosos. "As coisas que estou fazendo agora eu tenho sonhado por toda minha vida." Disse que está cansado - nadou 14 vezes em sete dias. Esta sexta-feira foi dia dos garotos americanos e o insolente Gary Hall - que apareceu na apresentação de calção com as cores da bandeira americana, estilo Rocky Balboa - venceu os 50 metros, livre, a prova mais rápida da natação, com 21s93. A medalha de prata ficou com Duje Draganja, da Croácia, com 21s94 e a de bronze com o sul-africano Mark Roland Schoeman, com 22s02.

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