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Pista de luge em Vancouver terá mudanças após morte de atleta

Organização decide diminuir extensão, elevar parede de saída e antecipar ponto de largada da prova masculina

Por Efe
Atualização:

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver (Vanoc, em inglês) fará mudanças na pista de luge para evitar acidentes como o que levou a vida do georgiano Nodar Kumaritashvili num treino na sexta-feira.

 

Uma delas é que a disputa masculina terá o mesmo ponto de largada da feminina, o que impedirá velocidades extremas. A extensão na pista de Whistler será de 1,198 quilômetro - antes, a distância dos homens era de 1,374.

 

Outra medida adotada para evitar acidentes é elevar a parede da pista na saída da última curva, em que Kumaritashvili sofreu o fatal acidente.

 

No entanto, a federação internacional de luge disse que a causa da morte de Nodar Kumaritashvili foi um erro do próprio esportista, e não um problema da pista, considerada uma das mais rápidas do mundo.

 

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Para o alemão Georg Hackl, três vezes campeão olímpico da prova masculina individual de luge, a velocidade não deve ser a culpada pelo acidente.

 

"Não tem nada a ver com a velocidade. Ele também morreria se tivesse batido a uma velocidade de 60 km/h. Kumaritashvili cometeu um pequeno erro de pilotagem", comentou Hackl, de 43 anos, em declarações publicadas pela imprensa de seu país.

 

Sobre a decisão de antecipar o ponto de largada, ele disse: "Na minha opinião, é apenas uma forma de agradar aqueles que não sabem nada sobre este esporte".

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"Os acidentes no luge são parte de nossa rotina diária. Os melhores do mundo tiveram acidentes espetaculares, isso é normal. É preciso levantar, sacudir a neve e continuar", completou.

 

Entretanto, ele lembrou que às vezes os pilotos não se dão conta do que há fora da pista, em referência ao pilar de cimento contra o qual o georgiano se chocou.

 

 

 

 

Kumaritashvili perdeu a vida na sexta-feira, dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, num treino prévio às disputas individuais masculinas. Ele saiu da pista e bateu contra uma estrutura a uma velocidade de aproximadamente 145 km/h.

 

"Não havia indicação alguma de que o acidente foi causado por deficiências na pista. Ele entrou tarde na última curva e, embora tenha tentado corrigir o problema, acabou perdendo o controle do trenó e sofreu o trágico acidente", disse a federação.

 

O acidente aconteceu na última curva do circuito, batizada de Thunderbird ("pássaro do trovão", em português), e na sessão final de treinos antes da competição, que começará hoje.

 

Após ser submetido a manobras de ressuscitação (massagem cardíaco e respiração boca a boca), o atleta georgiano, de 21 anos, foi levado ao centro médico de ambulância, e depois transferido de helicóptero.

 

Pouco depois, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou a morte do esportista no hospital.

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