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Pistorius continua preso após julgamento ser reagendado

Investigador do caso disse que tirar atleta paralímpico da cadeia seria um 'risco à sociedade'

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Por AE-AP
Atualização:

PRETÓRIA - Pelo segundo dia seguido, o julgamento do pedido de liberdade mediante pagamento de fiança feito pela defesa de Oscar Pistorius foi adiado e o astro paralímpico seguirá preso na delegacia onde está sob custódia da polícia, em Pretória, capital da África do Sul. Acusado de premeditar o assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, dentro da sua própria casa, na semana passada, o atleta biamputado participou de nova audiência nesta quarta-feira e o juiz do caso, Desmond Nair, deverá responder ao pedido nesta quinta, em novo dia de julgamento.O investigador Hilton Botha alegou nesta quarta no tribunal que tirar Pistorius da cadeia representaria um "risco à sociedade" e afirmou que o atleta poderia tentar fugir da África do Sul caso o juiz aceite o pagamento de fiança que o colocaria em liberdade durante o período do julgamento do caso.Pistorius é acusado de ter premeditado o assassinado de Reeva Steenkamp na madrugada de quarta para quinta-feira da semana passada, quando efetuou disparos com uma pistola 9 milímetros dentro de sua residência, em um condomínio da capital sul-africana. Ele negou que teve intenção de matar a namorada, disse que os tiros foram acidentais e tiveram o objetivo de inibir a presença um intruso que teria invadido a sua casa.Hilton Botha ainda revelou nesta quarta que Pistorius teve apreendido no cofre do seu quarto munição para revólver calibre 38. O investigador declarou que o atleta não possuía licença para usar uma arma deste tipo e, com isso, a posse desta munição era ilegal.Outro fato revelado no julgamento desta quinta foi que quatro celulares foram encontrados na cena do crime, o banheiro da casa de Pistorius, sendo que nenhum deles contava com registros de ligações para polícia ou paramédicos. A modela Reeva Steenkamp foi encontrada morta com quatro tiros e também com ferimentos no crânio. Para completar, a polícia achou no local um taco de críquete ensanguentado, mas ainda não foram divulgados resultados da perícia no objeto.Na sua versão sobre o assassinato, o atleta biamputado afirmou que se sentiu vulnerável porque não estava com as suas próteses de pernas quando atirou na porta do banheiro trancada. E, segundo ele, após perceber que a sua namorada não estava em sua cama e ouviu um barulho vindo do banheiro, colocou suas próteses de pernas, tentou chutar a porta e depois a arrombou com o taco de críquete e encontrou Steenkamp baleada lá dentro. Pistorius ainda disse que correu pela escadas com sua namorada, que "morreu nos seus braços".

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