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Polêmica marca vitória da Inglaterra

Ingleses se classificam ao fazer 1 a 0 na Ucrânia, que reclama de gol não marcado. Auxiliar não viu a bola ultrapassar a linha

Por DONETSK e UCRÂNIA
Atualização:

Entra ano, sai ano, a velha polêmica sobre se a bola entrou atormenta os organizadores de grandes eventos de futebol. Desta vez foi na Eurocopa. Com gol de Wayne Rooney, que voltou após cumprir suspensão de dois jogos, a Inglaterra venceu a Ucrânia por 1 a 0, em Donetsk, e se classificou como líder do Grupo D, à frente da França, que ficou com a segunda vaga apesar da derrota por 2 a 0 para a Suécia.A imagem mais marcante da partida - e de todo torneio, até aqui -, porém, não foi o gol inglês, mas sim a falha da arbitragem que, aos 17 minutos do segundo tempo, não viu a bola chutada por Devic ultrapassar completamente a linha da meta inglesa antes de Terry afastá-la, naquele que seria o gol de empate dos donos da casa. Os ucranianos acabaram eliminados, mas reclamaram muito no final do jogo. O principal alvo da indignação dos anfitriões foi o árbitro adicional que fica sobre a linha de fundo, cuja missão principal é exatamente verificar se a bola entrou em lances polêmicos, como o de ontem. "Ele (o árbitro adicional) está ali para isso. É impensável que ainda estejamos sujeitos a esse tipo de situação", desabafou o atacante e ídolo ucraniano Shevchenko.Nas quartas de final a promessa é de dois grandes confrontos. A Inglaterra vai encarar a Itália, domingo, em Kiev. Já a França terá pela frente a atual campeã Espanha, sábado, na Donbass Arena, em Donetsk. O vencedor do primeiro jogo enfrenta República Checa ou Portugal. Já o do segundo pega quem passar do confronto entre Alemanha e Grécia.Estreia. Em Donetsk, Rooney fez seu primeiro jogo na Eurocopa - ele cumpriu suspensão nas duas primeiras rodadas. Na etapa inicial, o atacante do Manchester United mostrou falta de ritmo de jogo e perdeu um gol claro na pequena área. Para avançar às quartas de final, os ucranianos precisavam da vitória. E com essa pressão e o apoio de um estádio lotado, partiram para cima. Na metade do primeiro tempo, a posse de bola dos donos da casa chegou a 60%. A finalização, no entanto, mostrava-se deficiente. As duas seleções chutavam pouco a gol, o que só aumentava o clima de apreensão entre os torcedores.Aos poucos a Inglaterra ajustou a marcação e equilibrou as iniciativas. O time até buscava o toque de bola pelo meio, mas sempre esbarrava na boa marcação ucraniana. A alternativa, então, era a velha, mas sempre eficiente jogada pelos lados, sobretudo com os cruzamentos de Gerrard para Rooney, que tentava se desvencilhar dos marcadores.Logo no início da segunda etapa, a estrela inglesa acabou favorecida por um erro de todo o sistema defensivo da Ucrânia, aos 3 minutos. Gerrard fez bela jogada na direita e cruzou na área. A bola desviou num defensor, passou pelo goleiro e chegou livre para Rooney, já em cima da linha, mandar para o fundo das redes.O rumo da partida, porém, poderia ter sido outro se não fosse um erro do árbitro húngaro Viktor Kassai e, principalmente, do assistente adicional da linha de fundo. Ninguém viu que o chute de Devic, aos 17, cruzou a linha do gol e, só depois, Terry cortou. Seria o empate da Ucrânia.O lance provocou várias reclamações do banco de reservas da Ucrânia, principalmente do técnico Oleh Blokhin. A todo instante, o treinador gesticulava com o árbitro reserva. Aos 24, Shevchenko finalmente entrou em campo, mas não mudou o panorama do jogo. A Ucrânia ainda teve mais uma oportunidade. Konoplyanka arriscou de fora da área e Hart espalmou para a marca do pênalti. Lescott afastou o perigo. Rooney quase fez o segundo após cobrança de escanteio aos 29, mas Pyatov defendeu com segurança.

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