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Popó diz que derruba Barrios no 4º round

As ameaças de "morte" do adversário de sábado, em Miami, não amedrontam o campeão dos superpenas da OMB e AMB.

Por Agencia Estado
Atualização:

As ameaças de "morte" do argentino Jorge Barrios não amedrontam o brasileiro Acelino Popó Freitas para o combate de sábado em Miami, quando colocará em jogo os cinturões dos superpenas da Associação Mundial e da Organização Mundial de Boxe. Em entrevista à Agência Estado, Popó previu um nocaute no quarto assalto e já faz planos para o futuro. "Quero lutar em dezembro no Brasil, depois encarar Diego Corrales e aí subir de categoria e lutar entre os pesos leves." O brasileiro também afirmou estar decepcionado com o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, de quem esperava ajuda para conseguir um patrocínio. "Infelizmente, não espero mais nada. Não me deram nenhuma satisfação e nem atendem minhas ligações." A seguir, acompanhe os melhores momentos da entrevista, feita por telefone, de Miami, que interrompeu por 20 minutos um jogo de baralho. Agência Estado - Como está sua preparação para o combate de sábado contra Jorge Barrios? Popó - Muito bem. Me sinto forte e confiante. AE - Sua recente separação não atrapalhou sua programação de treinamentos? Popó - De jeito nenhum. Sei muito bem separar o meu lado profissional do sentimental. Tenho de me dedicar ao máximo no boxe, pois é daí que tiro o sustento para mim e minha família. Tenho muitas pessoas que dependem de mim e não posso me deixar abalar. AE - O Barrios andou dizendo que vai te matar? Popó - Ele é tão imbecil, que falou estas besteiras e tirou fotos segurando a filha no colo. Deveria passar uma imagem mais positiva. AE - Você espera uma catimba dele durante a pesagem, a última entrevista ou até mesmo em cima do ringue? Popó - Espero sim. Mas ele é como um cachorro com medo. Late mas não morde. AE - Você conhece o estilo de lutar dele? Popó - Tenho as últimas cinco lutas dele em vídeo. É um cara forte, que vem para cima. Mas treinei muito os golpes na cintura e os uppers, pois ele abaixa muito a cabeça. AE - Dá para fazer uma previsão? Popó - A luta acaba até o quarto assalto. AE - E depois do Barrios? Diego Corrales e Joel Casamayor lutam dia 4 de outubro e o vencedor deve ser indicado para ser seu próximo adversário. Popó - Sem problema. Nunca escolhi adversário e não será desta vez. O Casamayor bebe muito e é indisciplinado. Todo mundo fala isso aqui nos Estados Unidos. Acho que vou lutar com o Corrales, que ainda não vi lutar. Aliás, ele saiu há pouco tempo da cadeia (cumpriu pena por ter agredido a mulher). AE - Existe a possibilidade de você lutar no Brasil ainda este ano? Popó - Esta é a minha intenção. Quero lutar em dezembro perto do Natal no Brasil. AE - O ministro Agnelo Queiroz, dos Esportes, prometeu arrumar para você um patrocínio... Popó - Mas não arrumou. Fui a Brasília e me reuni com o ministro, mas nada foi feito. Infelizmente, não espero mais nada. Não me deram nenhuma satisfação e nem atendem minhas ligações e do meu advogado. AE - Como está sua academia em Goiânia? Popó - Muito bem. Em 15 dias, já temos 30 alunos. Estou muito feliz. Tenho propostas para abrir mais uma em Brasília. AE - Mas você continua morando em Salvador? Popó - Lógico. Lá é minha terra.

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