Publicidade

Popó se torna estrela com 30º nocaute

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O nocaute, aos 19 segundos do quarto assalto, diante de Juan Carlos Ramirez, em Chicago, nesta madrugada de domingo, não serviu apenas para o brasileiro Acelino Popó Freitas manter os cinturões dos superpenas da Associação Mundial de Boxe (AMB) e Organização Mundial de Boxe (OMB). Com o 30º nocaute, em 33 lutas, o invicto pugilista baiano se tornou a mais nova estrela do boxe internacional. Logo após a vitoriosa nona defesa de cinturão da OMB e a segunda da AMB, ainda sob o ringue do UIC Paivilion, os jornalistas da Showtime, canal norte-americano que detém os direitos das transmissões dos combates de Popó (o contrato atual prevê mais duas lutas) já faziam planos ambiciosos para o lutador brasileiro. Duelos contra o peso leve Floyd Mayweather Jr., combates contra os mexicanos campeões Marco Antonio Barrera e Eric Morales, a revanche diante do cubano Joel Casamayor ou uma luta frente ao britânico Nassem Hamed foram oferecidos a Popó. Todos estes confrontos fornecerão ao brasileiro uma bolsa aproximada de US$ 1 milhão e um lugar no patamar mais alto do boxe. "Agora eu só quero saber de descansar e curtir mais esta vitória", afirmou Popó, que dedicou a vitória ao pai, seu Babinha, morto no ano passado, e à sua mãe, dona Zuleica, que aniversariou dia 12. Mesmo assim, Popó deixou escapar que seu maior sonho será unificar os três principais cinturões do boxe, ganhando além do da AMB os do Conselho Mundial de Boxe (CMB) e da Federação Internacional de Boxe (FIB). Detalhe: caso conquiste o título do CMB deverá abdicar do cinturão da OMB. O CMB, principal entidade do boxe, não reconhece a OMB como organização mundial. O combate contra Ramirez começou com dois minutos de estudos. Popó, como de costume, tomou a iniciativa do combate. Ramirez aceitou o ataque e confiou que o gancho de esquerda pudesse definir a luta a seu favor. Mas Popó, ao contrário do que fez diante do nigeriano Daniel Attah, mostrou-se rápido nas esquivas. Os golpes telegrafados de Ramirez diminuíram o trabalho do brasileiro. A troca de golpes foi intensa no final do round, mas Popó, principalmente, errou demais. No segundo round a luta ficou violenta. No meio de um bombardeio, Popó acertou um forte direto de direita, que explodiu no frontal do rosto de Ramirez. Popó sentiu o bom momento e partiu em busca do nocaute. Mas o mexicano pegou dois contragolpes, que abalaram Popó. O brasileiro foi à lona e o juiz abriu a contagem protetora. Desnorteado, Popó acertou um golpe baixo e o round chegou ao fim. Popó veio para o terceiro assalto com tudo e logo no início colocou um fortíssimo direto de direita, que desequilibrou Ramirez. Popó não deu tempo para o mexicano respirar, diminui a distância e Ramirez foi à lona. A contagem de oito protetora ajudou Ramirez a ganhar tempo. Mas o lutador baiano partiu para o ataque, deixando o adversário tonto e desequilibrado com a quantidade enorme de golpes desferidos tanto no rosto como no corpo. Ramirez sentiu que seu fim estava próximo e utilizou de um golpe baixo e de uma cabeçada na tentativa de diminuir o ímpeto do campeão. Em vão. A 30 segundos do final do round, Popó acertou em cheio um cruzado de direita, que mandou Ramirez para a lona. O mexicano levantou para sofrer um grande massacre. O juiz já deveria ter encerrado o combate, mas deixou a surra aplicada por Popó prosseguir até o gongo. Ramirez foi para o córner cambaleando e seus segundos tentaram ressuscitá-lo com muita água e massagens. Mas nada adiantou. O mexicano só resistiu 19 segundos e após um bom direto de direita, um cruzado de esquerda e um upper de direita o juiz paralisou o combate. Popó provou ser o melhor superpena da atualidade e mostrou ter condições de enfrentar Mayweather, Morales, Barrera, Hamed, ....

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.