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Popó vence 1º batalha contra o peso

Um novo Popó prepara-se para voltar ao ringue, dia 29, em Miami, contra o ganês Alfred Kotey. Com novo empresário, novo técnico, ele comemora sua atual forma física.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um novo Popó prepara-se para voltar ao ringue, dia 29, em Miami, contra o ganês Alfred Kotey. Com novo empresário, novo técnico e treinando em Miami, ele comemora sua atual forma física. "Faltam dez dias para a luta e já estou no peso correto. Antigamente, nesse período, teria de emagrecer quatro quilos, era um martírio completo, sofria muito", afirma, por telefone, ao JT. Popó treina em Palm Beach, perto de Miami, onde está com a mulher, Eliana, o irmão, Luiz Cláudio, e o técnico Ulisses Pereira. "Tenho dois sparrings mexicanos para me ajudar nos treinos. Está tudo muito melhor que antes. Tenho uma estrutura de Primeiro Mundo atrás de mim", afirma. Sobre o antigo empresário, Rui Pontes, e o antigo técnico, Luís Dórea, ele é rápido e incisivo na análise. "São pessoas que ficaram ricas às minhas custas e agora estão me processando. Não falo sobre eles, não vale a pena." Se a estrutura é outra, se as condições de trabalho melhoraram, o plano tático de Popó para a luta contra Kotey não se diferencia daquele utilizado em outras lutas. "O meu plano é ir lá e meter a mão na cara dele. Se acertar, o cara cai, seja quem for." O fato de Kotey nunca haver sido nocauteado indica que o ganês é um pugilista resistente, mas não intimida Popó. "Nunca caiu? Vai cair agora. Olha, não falo isso porque sou mascarado ou coisa assim. Estou muito bem preparado e entro no ringue com pensamento positivo. Tenho certeza que vou continuar sendo o Popó 100%, vou completar 30 lutas e 30 nocautes na carreira." Alvo é Casamayor - A luta contra Kotey é preparatória para enfrentar o cubano Joel Casamayor, campeão da Associação Mundial de Boxe (AMB). No mesmo programa de Popó, na luta de fundo, Casamayor enfrentará Joe Morales, norte-americano. Uma derrota do cubano ou do brasileiro inviabilizaria o encontro entrea ambos. "Nem falo sobre isso. Eu vou ganhar", afirma Popó, campeão pela Organização Mundial de Boxe. Os empresários pensam em unificar o título da categoria superpena, que tem ainda Floyd Mayweather, campeão do Conselho Mundial de Boxe (CMB). Essa categoria tem ainda uma estrela ascendente, o mexicano Jesus Chávez, que tem lutado mais vezes que Popó. O programa do dia 29 de setembro estava marcado para 5 de maio e o encontro entre Popó e Casamayor, valendo pelo título, estaria sendo disputada agora. Um atraso de cinco meses na programação da promotora Showtime, uma das mais importantes dos Estados Unidos. O atraso deveu-se à crise emocional de Popó, que abandonou os treinos para dedicar-se à reconquista da namorada, Eliana, que o havia deixado. Amor recuperado - Popó foi à luta, recuperou Eliana, mas irritou muito a Jay Larkin, um dos diretores da Showtime. Ele já deixou claro que Popó não terá outra chance caso se deixe novamente envolver por problemas emocionais. "Nada disso vai acontecer. Agora estou com a carreira muito melhor estruturada", garante. A escolha de Kotey demonstra que a opção por adversários fáceis continua. Campeão mundial dos galos, em 1994, o ganês é um pugilista em franca decadência. Ficou parado por três anos e meio e fez apenas uma luta em sua volta, vencendo o inglês Anthony Maynard por nocaute no sexto assalto. Ele tem 29 lutas, com 23 vitórias (14 por nocaute) e seis derrotas, todas por pontos. "Não me interesa com quem eu vou lutar, isso é assunto dos meus empresários. Só acho que as pessoas sempre buscam motivos para críticas. Eu só penso em vencer e unificar o mais rapidamente possível o título dos superpenas", desabafa Popó. Ele tem tentado ficar longe das repercussões dos atentados terroristas da semana passada, mas confessa que é difícil. "A televisão só fala disso, em todo lugar tem uma bandeira dos Estados Unidos. Não consigo entender uma coisa dessa, parece que fizeram por causa de religião. E religião deveria ser coisa de amor e não de guerra. Acho que o ser humano está perdendo a razão. Se continuar assim, vai destruir o mundo."

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