Por democracia no vôlei, presidente da FIVB descarta reeleição

PUBLICIDADE

Por BRIAN HOMEWOOD
Atualização:

O organismo que controla o voleibol mundial só teve dois presidentes durante os 51 primeiros anos de sua existência, por isso foi uma surpresa e tanto quando o atual mandatário disse que irá deixar o cargo após um único mandato. Wei Jizhong disse à Reuters que irá manter sua decisão, afirmando que isso lhe dará a certeza de que as eleições deste ano serão as mais transparentes que a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) já teve. "Tive a oportunidade de me tornar presidente e meus objetivos eram mudar a imagem da FIVB no mundo esportivo e fazer mudanças na governança interna de acordo com os seguintes quatro princípios básicos: transparência, democracia, delegação de poder e supervisão", disse ele. "Já que não procuro me reeleger, posso organizar e supervisionar as eleições mais democráticas na história da FIVB", afirmou Wei, ex-presidente da Confederação Asiática de Voleibol e cheio de energia aos 75 anos. A decisão de Wei é incomum entre diretores esportivos, muitos dos quais passam décadas no cargo. Joseph Blatter terá passado 17 anos à frente da Fifa quando seu atual mandato terminar em 2015, e seu antecessor, o brasileiro João Havelange, ocupou a posição durante 24 anos. Os precursores de Wei também estiveram na função por muito tempo. O francês Paul Libaud encabeçou a FIBV de sua fundação em 1947 até 1984, quando foi substituído pelo mexicano Ruben Acosta, que ali permaneceu por outros 24 anos. Quando Acosta pediu para sair em 2008, apresentou Wei como seu sucessor durante o congresso da FIVB, e o chinês foi imediatamente aprovado - nenhum outro candidato sequer teve uma chance. "Talvez ser um ex-esportista me ofereça uma perspectiva diferente", disse Wei, que jogou vôlei no time da Universidade de Nanjing. "Queria limitar o mandato de futuros presidentes da FIVB, mas o comitê executivo não concordava com isso". O norte-americano Doug Beal, o brasileiro Ary Graça e o australiano Chris Schacht se oferecerão para sunstituir Wei no Congresso da FIVB na Califórnia em setembro. Os quatro anos de Wei no comando da organização incluíram uma recolocação da marca FIVB e a introdução de um fundo de desenvolvimento para ajudar o crescimento da modalidade nas categorias de base.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.