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Povo chinês deu aula de hospitalidade

Por Eduardo Maluf e Pequim
Atualização:

Os Jogos terminaram ontem com vários pontos positivos e alguns negativos. A estrutura, com estádios como o Ninho de Pássaros e o Cubo d?Água, foi praticamente impecável. A segurança funcionou e as disputas tiveram emoção. Mas algo que não se pode ver pela televisão merece destaque: o comportamento do povo chinês. Os anfitriões surpreenderam com o bom tratamento, apesar da barreira do idioma. Todos os envolvidos no evento tentaram agradar. Os taxistas agiram corretamente, sem aquela volta extra para aumentar o valor da conta, e não aceitavam nem gorjeta. "A maioria do nosso povo não dá tanta importância ao dinheiro", diz Storm Li, gerente de hotel. "Preferimos a amizade." Ao revistar as pessoas na entrada do centro de imprensa ou dos estádios, eles pediam desculpas "pelo transtorno"e diziam "bom dia" e "obrigado". "O povo é muito legal", diz a ginasta Daiane dos Santos. "É impressionante o que eles fazem para agradar", conta Renato Araújo, técnico da seleção masculina de ginástica. De tão gentis, os voluntários chegaram até a causar constrangimento. Nos banheiros, foi comum vê-los pegando papel para dar a quem fosse enxugar as mãos. A China fechou os Jogos na primeira colocação do quadro de medalhas. Quem ganhou mais, porém, foi o povo, que deu uma aula de educação e comportamento.

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