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Programa é celeiro de atletas em SP

Por Agencia Estado
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São 171 atletas com a mesma camisa. Entre a pequena Denise, de 11 anos, armadora do time das iniciantes do basquete, e a líbero Arlene, 34 anos, do time adulto de vôlei e da seleção brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Atenas, o programa Finasa Esportes mantém 13 equipes femininas: sete de vôlei e seis de basquete. O enorme elenco, que este ano cedeu 26 jogadoras para as seleções brasileiras, foi apresentado na quinta-feira, no ginásio do time, em Osasco, na Grande São Paulo. "Se o Brasil tivesse mais dois projetos como este, estaria em um nível imbatível", afirmou a ponta Mari, maior estrela do Finasa, que lidera o Paulista de vôlei, e destaque do Brasil na quarta colocação em Atenas. Hoje com 21 anos, Mari chegou ao Finasa aos 16, ainda infanto-juvenil. "Eu só sonhava em chegar à seleção e fazer bem o meu papel. Não achava que aconteceria tudo isso tão rápido", contou. "Me deram escola, assistência médica, odontológica, alimentação. Tudo o que se imagina para viver bem. Aqui, só não é atleta quem não quer." Além de Mari, a equipe cedeu Valeskinha, Bia, Érica e Arlene para a seleção que foi à Olimpíada. Elas, porém, não são a primeira geração do programa a fazer sucesso. O Finasa herdou a estrutura do BCN, depois que os dois bancos foram comprados pelo Bradesco entre 1997 e 98. Ao todo, são 17 anos de atuação nas categorias de base e 37 jogadoras com participações olímpicas. Entre elas, Ana Moser e Leila, do vôlei, e Paula e Janeth, do basquete. O time de vôlei adulto continua como um dos principais do País. Já o de basquete acabou após briga entre o clube e a Confederação Brasileira de Basquete, em 2000. Frutos - O programa atua em parceria com a Fundação Bradesco, que mantém 78 núcleos de iniciação esportiva pelo Brasil, com quase 4 mil alunos. "Queremos convidar os brasileiros a uma reflexão sobre o hábito de cobrar resultados em olimpíadas. O que fazemos aqui é um exemplo de formação e o projeto rende frutos para a imagem da empresa", disse Celso Barbudo, diretor do Bradesco. O técnico José Roberto Guimarães faz coro. "A iniciativa é ímpar. Não há melhor maneira de se educar que pelo esporte", garantiu. "Mas, pelo tamanho do Brasil, ainda é pouco." Entre as novas crias do Finasa, um destaque é a meio-de-rede Adenízia, 17 anos e 1,87 metro. Há três anos no time, foi medalha de bronze no Mundial infanto-juvenil da Polônia, em 2003, e acabou eleita melhor bloqueadora do torneio. Agora, já no juvenil, defenderá o Brasil no Sul-Americano de La Paz, entre 23 e 30 de outubro. "Quero continuar e chegar lá. Como as outras meninas chegaram", avisou. Para entrar no Finasa há três caminhos. Se destacar ante a um olheiro do clube, pular das aulas de iniciação da Fundação ou driblar a concorrência em uma das difíceis peneiras normalmente realizadas em dezembro - as últimas tiveram mais de mil candidatas.

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