O atual campeão mundial vem da China, mas a presença da SK Telecom T1 e a performance dominante da G2 Esports dá o favoritismo para a Coreia do Sul e Europa nesta edição de 2019 do Mundial de League of Legends. Os coreanos conquistaram metade de todos os troféus — dos quatro, três são da SK Telecom T1 — e vão se fazer valer da tradição para trazer o título de volta para o país.
A G2 Esports vem para o Mundial com a intenção de trazer o título de volta para o ocidente. Desde a segunda edição, apenas países asiáticos levaram a Taça do Invocador e o prêmio milionário do campeão para casa. A tarefa não será fácil, mas se o time europeu vencer o torneio, vai terminar 2019 com todos os troféus do ano.
Grupo A G2 Esports - Europa Cloud 9 - América do Norte Griffin - Coreia Hong Kong Attitude - Taiwan, Hong Kong e Macau
Grupo de um dos favoritos ao título, o G2 Esports teráboa oportunidade de mostrar por que é um dos eleitos para levar um troféu para a Europa após oito anos. A rivalidade Europa-América do Norte é uma das mais intensas e garante bons jogos. O Cloud 9 costuma fazer partidas difíceis contra os europeus e pode surpreender.
O sul-coreano Griffin tem, finalmente, a oportunidade de mostrar o potencial do time em palco internacional, após ter a classificação frustrada em 2018. A equipe é a mesma que chegou a duas finais coreanas neste ano, mas ainda conta com a falta de experiência de vencer em momentos cruciais.
Já o Hong Kong Atittude terá grandes problemas no grupo. Time mais fraco entre os quatro, qualquer vitória contra qualquer um dos rivais já seria uma surpresa.
Grupo B J Team - Taiwan, Hong Kong e Macau FunPlus Phoenix - China Splyce - Europa GAM Esports - Vietnã
Melhor time da China, o FunPlus Phoenix não deverá ter muitas surpresas no grupo. Splyce vem como a terceira força europeia e deve brigar pela segunda vaga do grupo com o J Team, de Taiwan. A região, campeã do mundial em 2012, ainda tem muito a provar, mas conta com fator surpresa de uma região que não possui muitos holofotes.
O GAM Esports, do Vietnã, é o fator crucial para europeus e taiwaneses. Um tropeço contra a equipe pode ser decisivo para garantir a classificação.
Grupo C SK Telecom T1 - Coreia Royal Never Give Up - China Fnatic - Europa Clutch Gaming - América do Norte
Com três finalistas de mundial entre os quatro participantes, o Grupo C é chamado Grupo da Morte. O coreano SK Telecom T1 tem a estrela de Lee ‘Faker’ Sang-hyeok e um elenco renovado, com jogadores comoKim ‘Clid’ Tae-min e Park ‘Teddy’ Jin-seong, que atuaram bem em nível nacional. A tradição do time o coloca como franco-favorito da chave para avançar. Todas as quatro vezes em que participou do Mundial, o time chegou à final, vencendo três delas. Em todas as quatro vezes, ‘Faker’ esteve presente.
Estão na briga pela segunda vaga o chinês Royal Never Give Up e o europeu Fnatic. O Royal conta com a estrela de Jian ‘Uzi’ Zi-Hao para poder avançar, mas tem o desafio de encontrar a segunda força europeia e campeão da primeira edição mundial, o Fnatic. O time de Martin ‘Rekkles’ Larsson foi vice-campeã europeia contra o G2, indo até o último jogo da melhor de 5. Os chineses podem se surpreender.
O Clutch Gaming precisa de um milagre para conseguir avançar. Tem a estrela de Heo ‘Huni’ Seung-hoon, mas atua contra um grupo recheado dos melhores jogadores e de times tradicionais. Seria necessário fazer muito mais do que o time fez durante todo o ano.
Grupo D DAMWON Gaming - Coreia Invictus Gaming - China Team Liquid - América do Norte ahq e-Sports Club - Taiwan, Hong Kong e Macau
A atual campeã mundial, Invictus Gaming, tem uma difícil tarefa. Team Liquid, melhor time da América do Norte, vem emboa fase após vencer os dois campeonatos nacionais do ano e ser vice-campeão do Mid Season Invitational. Éfavorito no grupo.
Resta a briga entre o coreano DAMWON Gaming e o Invictus, em que a experiência pode pesar. O DAMWON faz sua estreia em Mundiais neste ano, enquanto o Invictus Gaming não mexeu no elenco campeão e, se estiver em bom momento, tem o talento de Kang ‘TheShy’ Seung-lok. O taiwanês Ahq, mesmo aparecendo com frequência em Mundiais, pouco deve conseguir no grupo.
Quais são os favoritos?
Em certa oportunidade, Gary Lineker, ex-jogador de futebol inglês e artilheiro da Copa do Mundo de 1986, disse em célebre frase que “o futebol é um esporte jogado por 11 contra 11 e no qual a Alemanha sempre ganha”. É possível adaptar a frase para o Lol: “League of Legends é um e-sport jogador por 5 contra 5 e no qual a Coreia sempre ganha”. Dois oito Mundiais, os sul-coreanos venceram cinco — três apenas da SK Telecom T1, que volta à competição após a ausência em 2018. Entre os 155 jogadores da competição deste ano, 41 nasceram na Coreia do Sul — o que totaliza quase um terço.
O desafio da vez é europeu. O G2 Esports também ganhou todos os títulos europeus, mas também dominou no torneio internacional do meio da temporada, o Mid-Season Invitational. A conquista chamou os holofotes para todo o time, que vem pressionado para tentar a segunda conquista do Mundial de Lol para o ocidente — apenas a Fnatic, na primeira temporada, em 2011, conseguiu o feito.