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Quando o craque se vinga por completo

Ronaldo responde em campo às provocações de cartola tricolor

Por Fábio Hecico e Amanda Romanelli
Atualização:

Mano Menezes alertou: a carreira ensina a nunca mexer com uma fera. Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, dirigente são-paulino, resolveu arriscar, provocou Ronaldo e pagou as consequências ao ver o camisa 9 corintiano ser decisivo para levar o Corinthians à final do Estadual, eliminando sua equipe. "O São Paulo é tão perfeito, a torcida do São Paulo apenas incentivou, fez festa incrível, mas sempre tem alguém falando m... Quero ver se vai aparecer agora para falar alguma coisa", desabafou Ronaldo, após agradecer o apoio dos corintianos, cinco mil torcedores num canto das arquibancadas vermelhas do Morumbi. "As pessoas falam um monte de besteiras." A provocação ao corintiano virou tema de motivação para o técnico Alvinegro. Todos fizeram questão de detonar as críticas de Leco no fim. "Um jogador como o Ronaldo, eleito melhor do mundo e o cara diz que está acabado... A resposta está aí", desabafou Chicão. "O Rodrigo (zagueiro) falou que veríamos a força do São Paulo. Vimos da torcida, pois dentro de campo eles não mostraram nada", seguiu, não perdoando o companheiro de posição. Mano foi irônico na hora do gol de Ronaldo. "Olha lá, correndo como um menino", festejou. Depois, falou com seu jogador. "Eu disse para ele, ?que arrancada, hein gordo!?. E ele soltou a gargalhada. Jogador grande é sempre grande." O Fenômeno ficou a semana inteira treinando, preparando-se apenas para o clássico. Preferiu não rebater as provocações, mas fez questão de guardar tudo o que foi dito sobre ele. Preparava, em silêncio, sua vingança. Por pouco ela não começou já na primeira etapa. Bosco defendeu o chute forte, à meia altura. Dentinho chegou a reclamar do lance. Ronaldo estava seco para calar Leco. A ponto de armar dois contra-ataques para o rival em passes mal executados de calcanhar. Queria mostrar serviço e o fez, com perfeição, na etapa final, quando os são-paulinos cantavam em alto e bom som. O passe cruzado para Jorge Henrique já merecia ter terminado no fundo das redes de Bosco. O baixinho acabou carimbando a trave. Douglas aproveitou o rebote. Faltava apenas o golpe final. Ronaldo, fingindo-se de morto, demorou muito para voltar do campo de ataque. Passava a impressão de estar cansado, sem fôlego. O zagueiro acreditou. Cristian não, e lançou o camisa 9. Do seu campo, Ronaldo arrancou, saiu atrás, chegou na frente e, com toque brilhante, superou Bosco. A vingança estava completa.

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