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Queniano James Kwambai esbanja simpatia no 1.º treino em São Paulo

Atleta é o favorito a vencer a 86.ª edição da Corrida de São Silvestre, nesta sexta-feira

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Por Bruno Deiro
Atualização:

SÃO PAULO - O inimigo número 1 dos atletas brasileiros nesta sexta-feira, na 86.ª edição da Corrida de São Silvestre, em São Paulo, não leva jeito para vilão. O tom de voz mínimo e a timidez de James Kwambai, atual bicampeão da prova, são compensados com um sorriso permanente, que foi posto à prova nesta quarta, no Ibirapuera. Em seu primeiro treino no Brasil, o queniano de 27 anos deu show de simpatia e mostrou grande forma, mas preferiu a cautela ao falar sobre favoritismo.Depois de ter desembarcado de forma anônima em São Paulo no dia anterior, Kwambai encarou com bom humor o assédio na manhã desta quarta. Cercado por atletas amadores e desconhecidos atrás de um minuto de fama, ele aceitou com sorrisos vestir o cocar e o chapéu de cangaceiro oferecidos por corredores fantasiados. Em seguida, entrou no ritmo de uma música improvisada pelos fãs e pacientemente posou para fotografias.Mesmo sem entender uma palavra, entrou na festa. "Esta atitude das pessoas se deve ao fato de que sabem que fui vencedor duas vezes. Gosto de estar com as pessoas, estou muito feliz de estar aqui", disse o atleta africano, que participa pela terceira vez da prova no Brasil.Quinto colocado na Maratona de Nova York, em outubro, ele diz que teve pouco tempo para se preparar para a prova brasileira. Por isso, admitiu que dificilmente conseguirá superar o recorde do compatriota Paul Tergat (43min12), que já dura 15 anos. "Não posso dizer o que vai acontecer na sexta. Eu poderia melhorar meu tempo e quebrar o recorde se tivesse tido tempo suficiente de treino. Mas tudo é possível". Em 2008, ele venceu pela primeira vez com 44min43. No ano passado, baixou a marca em apenas três segundos (44min40).Ao lado das também quenianas Alice Timbilili (campeã da São Silvestre em 2007) e Eunice Kirwa, vencedora da Meia Maratona do Rio de Janeiro, Kwambai deu uma volta completa no Parque do Ibirapuera e ainda deu diversos piques, sob sol de quase meio-dia. Mesmo acostumado ao calor africano, ele diz que o verão brasileiro e o tempo úmido influenciam. "O tempo aqui é muito, muito quente, não é fácil. Mas sei que tenho de correr a prova do jeito que ela é. No ano passado, por exemplo, estava muito úmido e venci".

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