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Quiricomba dá favoritismo ao V.Max

A briga entre os dois primeiros colocados na etapa Vitória-Trindade, é a disputa mais emocionante, até agora, na 3ª Regata Eldorado/Brasilis.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A briga entre os dois primeiros colocados na etapa Vitória-Trindade, é a disputa mais emocionante, até agora, na 3ª Regata Eldorado/Brasilis. O veleiro baiano V.Max/Nautos do comandante chinês Kan Chuh e o Quiricomba/Opportunity da Escola Naval, do Rio de Janeiro, permaneceram por mais de 30 horas navegando separados por uma distância que variou entre 5 e 10 milhas - 9 e 18 quilômetros - sempre favorável à tripulação baiana. Os dois barcos tinham uma previsão de chegada à Ilha da Trindade para a madrugada desta sexta feira. O vento predominante manteve-se na direção nordeste, com intensidade entre 7 e 14 nós - de 12 a 22 quilômetros por hora. "Estamos tentando andar cada vez mais rápido, mas acho que eles são os favoritos porque têm um barco de 50 pés enquanto que o nosso veleiro mede 41", disse um dos comandantes do Quiricomba, o capitão de Corveta Paulo Diamantino Rangel. A tripulação da Marinha foi a que traçou a tática mais eficiente nos últimos dias da regata que começou no último sábado em Vitória. " Depois de analisar-mos as nuvens e as condições do mar, decidimos traçar um rumo mais ao norte. Tivemos sorte, porque o vento também subiu rondando de Leste para Norte o que nos favoreceu. Talvez a gente consiga chegar a Trindade com apenas um bordo", previu o comandante Diamantino. A medição feita em um período de 12 horas, confirmou o equilíbrio na luta pela liderança. O Quirocomba percorreu 72 milhas, contra 68 do V.Max. Diamantino disse que os seis aspirantes que tripulam o Quiricomba, além dos três oficiais, adaptaram-se muito bem à ração balanceada para fuzileiros. Essas porções são individuais que vêm lacradas, contendo as três refeições do dia, por exemplo leite e café em pó, picadinho, barras energéticas e sanduíches. O comandante acrescentou ainda que os alunos da Escola Naval estão aprendendo muito sobre navegação durante a Eldorado/Brasilis e que a ansiedade deles é grande para conhecer a terra brasileira mais distante do continente. "Será um prêmio para eles poder chegar a uma ilha que raríssimos brasileiros tiveram o privilégio de conhecer". A latitude e a longitude do V.Max tem sido repassadas ao rebocador pelas outras embarcações da regata por causa da dificuldade de contato entre o Triunfo e o veleiro baiano. O Domani, do comandante Mário Borrielo, e Curumii/Forecast, de Luiz Ballarin têm sido os barcos mais prestativos quando é preciso fazer uma ponte de comunicação entre os Triunfo e a flotilha da Eldorado/Brasilis. O comandante Ballarin falou que meia dúzia de gaivotas passaram a noite empoleiradas no Curumii, o que rendeu a tripulação paulista uma inesperada faxina ao amanhecer. "Tive vontade de preparar uma delas para o almoço quando vi toda aquela sujeira", esbravejou o comandante que garantiu ter optado pelo cardápio convencional. O pelotão intermediário da regata está formado pelos veleiros: Mar sem Fim/Mera, Normandie/Valtur, Curumii/Forecast e BL3/Alforria. Poucas milhas atrás seguem: Domani, Taigun, Lula, Kanaloa e Rajada. Até o anoitecer do próximo sábado os 11 barcos já deverão ter cruzado a linha de chegada. Rebocador Triunfo - O navio da Marinha aumentou a velocidade das máquinas para tentar chegar à Trindade a tempo de acompanhar a chegada dos veleiros. Mas não será possível fundear próximo à Ilha, antes do amanhecer. A Marinha recomenda que essa manobra seja feita apenas a luz do dia por causa da vasta quantidade de pedras que se elevam quase a superfície. Trindade é o topo de um vulcão submarino e faz parte de uma cadeia montanhosa que se ergue a mais de 5 mil metros do fundo do Atlântico. Durante a madrugada de quinta feira, o Triunfo precisou sair do rumo de Trindade para atender um chamado do barco Normandie/Valtur. A tripulação capixaba solicitava medicamentos para o comandante Jadir Serra por causa de uma inflamação na perna. O rebocador partiu em busca do Normandie, fez uma navegação paralela ao veleiro e um marinheiro lançou com um cabo o medicamento acondicionado em um estojo que bateu na vela e caiu sobre o convés do Normandie, bem próximo ao comandante, que naquele momento estava no leme e depois de agradecer o apoio do Triunfo, garantiu ter plenas condições físicas para prosseguir na regata.

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