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Raikkonen, de campeão do mundo a decepção

Finlandês abandona e causa desconfiança na Ferrari

Por Livio Oricchio e Valência
Atualização:

A temporada nem havia começado e já havia um favorito: Kimi Raikkonen, campeão do mundo em 2007. Os testes demonstraram que sua equipe, Ferrari, tinha o melhor carro. Ele ainda contava com um ano de experiência no time e com os pneus Bridgestone. Ontem, depois da 12ª etapa do Mundial, poucos acreditam que Raikkonen será bicampeão. A quebra do motor não teve sua participação, mas seu desempenho decepciona até a direção da Ferrari. Veja mais imagens da corrida "Sabemos que ele atravessa período difícil, mas estamos com Kimi", afirmou, ontem, Stefano Domenicalli, diretor esportivo da Ferrari. "Acreditamos em seu potencial e até o fim do campeonato ele retornará ao seu melhor." Kimi perde feio a concorrência para Massa nos treinos classificatórios (8 a 4) e raramente está à frente do brasileiro nas corridas. Ontem, equivocou-se de novo. No segundo pit stop, na 43ª volta, acelerou quando o sinal controlado pela Ferrari estava amarelo. Resultado: mandou o mecânico responsável por conectar a mangueira de combustível no carro, Pietro Timpini, para o hospital. Quebrou um dedo do pé. "Dia para ser esquecido", disse o finlandês, que vem usando a frase desde o GP da Turquia, o 5ª da temporada. Estava em 5º quando abandonou. "Não larguei bem, perdi a posição para Kovalainen e a partir daí fiquei preso no tráfego", explicou. "Minha situação no campeonato piorou, mas não quer dizer que estou fora da luta pelo título, como vimos em 2007." Domenicalli comentou ainda sobre a fase ruim de Raikkonen. "É fácil bater no ombro do piloto quando vence e dizer que é o número 1. O que faremos no seu caso é apoiá-lo, colocá-lo para testar mais." Não nesta semana. Dos quatro dias de testes em Monza, Andrea Bertolini acelera no primeiro, Felipe Massa nos dois seguintes e Raikkonen no último. A direção da Ferrari entendeu que, agora, o piloto com maiores chances de lhe dar bons resultados é Massa. HAMILTON QUASE NÃO LARGA Lewis Hamilton havia antecipado na quinta-feira que correria em Valência pensando no campeonato. Não assumiria riscos. "Será fundamental marcar pontos nas sete etapas que restam", afirmou. Ontem, o segundo lugar, sem forçar em nenhum instante, atendeu seu planejamento. Mas, com febre desde que chegou a Valência, quase não larga no GP da Europa. A McLaren colocou Pedro de la Rosa, piloto de testes, de prontidão. Ninguém sabia até o piloto inglês contar o que se passava na entrevista coletiva.L.O.

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