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Raikkonen pode ser escudeiro de Massa pelo título

Diretor da Ferrari diz que finlandês, atual campeão, vai ajudar brasileiro

Por Livio Oricchio
Atualização:

Não tem a importância decisiva que muitos acreditam, mas sem dúvida pode ajudar Felipe Massa a ser campeão: o diretor-esportivo da Ferrari, Stefano Domenicali, afirmou que os interesses da equipe estão acima dos pessoais e, diante da situação atual do campeonato, Kimi Raikkonen poderá colaborar com Massa na conquista do título. "Kimi dará tudo de si, será agressivo e, se possível, vai considerar o fato de Felipe estar mais próximo que ele do líder", disse o dirigente. A declaração de Domenicali não significa que no GP de Cingapura, no dia 28, o finlandês estará à disposição de Massa com o objetivo de servi-lo, como é comum a torcida pensar. Cada piloto fará o seu trabalho rotineiro. Agora, se durante a corrida a colocação dos dois na pista permitir, dependendo ainda da classificação de Lewis Hamilton, o líder do Mundial, a Ferrari pode pensar no eventual favorecimento a Massa. Na prática, é assim que vai funcionar. O exemplo do GP do Brasil do ano passado reflete com precisão a política da Ferrari: em Interlagos, Massa reduziu o ritmo para Raikkonen ultrapassá-lo na operação de pit stop e, assim, com a vitória, ser campeão do mundo. "Até o momento, na temporada, nenhum dos nossos pilotos tirou ponto do outro, mas agora há a situação do campeonato e do calendário", argumentou Domenicali. Depois de 14 etapas, Hamilton soma 78 pontos enquanto Massa chegou a 77. Raikkonen está apenas em quarto, com 57, ou 20 a menos do que Massa. O terceiro é o polonês Robert Kubica, da BMW, com 64. Além de Cingapura, restam, ainda, as etapas do Japão (12 de outubro), da China (19) e do Brasil (2 de novembro). Regularmente a imprensa pede para Massa sua opinião a respeito de ser auxiliado por Raikkonen. "Eu não tenho de me preocupar com isso", costuma afirmar. "Quem deve responder é a equipe, não eu. Venho para as provas pensando em vencer Hamilton, hoje meu adversário na luta pelo título", ressalta, para emendar: "Se não fosse assim, não poderia nem ser piloto da Ferrari." O fim de semana na Itália foi de elevado desgaste para Hamilton. Deu um show no asfalto molhado de Monza, ninguém questionou, mas seu comportamento, por vezes agressivo demais, lhe rendeu ainda mais inimizades na Fórmula 1. O mais irritado com o inglês da McLaren era o alemão Timo Glock, da Toyota. Na 15ª volta, ao ser ultrapassado na curva Grande, contornada a cerca de 280 km/h, mesmo no molhado, Glock quase foi posto para fora do asfalto. Chegou a colocar as rodas esquerdas na grama. "Eu lhe dei espaço suficiente e ele me empurrou. Da próxima vez vou agir com ele exatamente da mesma forma", ameaçou.

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