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Real Madrid desbanca Barcelona

Time de José Mourinho tira proveito de falhas do seu maior adversário, marca dois gols no começo do jogo e conquista a primeira taça da temporada

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Por Redação
Atualização:

Depois de tanto sofrer na mão do Barcelona durante os quatro anos em que o arquirrival foi treinado por Pep Guardiola, o Real Madrid começou a temporada 2012-2013 com o pé direito e, na primeira disputa de título contra o time agora comandado por Tito Vilanova, faturou a Supercopa da Espanha.A taça, no entanto, foi conquistada a duras penas numa clara demonstração de que o Real, apesar de ter largado à frente do Barça na temporada, não pode se considerar tão superior ao adversário. Os dois gigantes do futebol espanhol estão em pé de igualdade. Ontem, no Santiago Bernabéu, o Real venceu por 2 a 1, mas a partida teve tantas chances de gol para os dois lados que seria perfeitamente aceitável uma vitória por placar elástico do Barcelona ou que os donos da casa tivessem goleado. O título começou a escapar das mãos do Barcelona momentos antes do apito inicial, quando Daniel Alves sentiu uma lesão na coxa esquerda durante o aquecimento e teve de ser cotado. Vilanova, então, colocou Adriano para jogar na lateral direita. Por mais que o escolhido estivesse acostumado a atuar pelo setor, a alteração de última hora "matou" a defesa catalã.O Barcelona não se encontrou em campo, estava totalmente perdido. E o Real soube aproveitar muito bem o vacilo do rival. Logo aos seis minutos, justamente pela lado direito da defesa do Barça, Higuaín sobrou sozinho na cara do gol após ótima passe de Marcelo e só não abriu o placar porque Víctor Valdés salvou com o pé esquerdo.O gol era só questão de tempo e, aos dez, ele saiu. Pepe deu um chutão para o frente e a bola encontrou Higuaín após uma furada bisonha de Mascherano. O atacante do Real ajeitou com o peito e teve tranquilidade para bater na saída do goleiro.O jogo mal havia começado e o Barcelona já estava entregue. Como um boxeador preso às cordas, o time catalão não sabia o que fazer com a bola. Na base da pressão, o Real acuava o adversário. Quando algum jogador do Barça encostava na bola, lá estavam dois ou três marcadores madrilenhos para roubá-la e partir em direção ao gol.Assim, não demorou muito para o Real fazer o segundo. Aos 18, Piqué não conseguiu cortar o lançamento para Cristiano Ronaldo, que teve habilidade para dominar a bola de calcanhar e, sem marcação, fuzilar o gol.Aos 23, Pepe chegou a marcar, de cabeça, o terceiro gol do Real, mas o juiz, corretamente, marcou falta do zagueiro em Mascherano. Quatro minutos depois, Adriano foi expulso por agarrar Cristiano Ronaldo e impedir que o português avançasse sem marcação para o gol. O Bernabéu veio abaixo. Havia cheiro de massacre no ar. Era como se aquelas 90 mil pessoas que compraram ingresso estivessem presenciando um treino de luxo de ataque contra defesa.O jogo só passou a ficar mais equilibrado aos 31, quando Vilanova arrumou a sua defesa trocando o atacante Alexis Sánchez por Montoya, um lateral-direito de ofício. Não à toa, o Barça diminuiu aos 44 minutos em bela cobrança de falta de Messi.Domínio catalão. No segundo tempo, os papéis se inverteram. Quem passou a dar cartas foi o Barcelona. Com o seu tradicional e insistente toque de bola, a equipe minou as investidas do Real. Sem pressa, o Barça buscava espaços vazios no meio da defesa merengue para dar o bote. O empate bastava à equipe já que no Camp Nou vencera por 3 a 2.O Real recuou demais a marcação e deixou-se envolver pelo adversário. A partida ficou eletrizando, aberta, mas o Barça falhou demais nas finalizações. Melhor para o Real, o novo supercampeão da Espanha.

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