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Recuperado de cirurgia, Tyson Gay se diz nervoso para os 100 m

Por GENE CHERRY
Atualização:

A cirurgia no quadril que manteve Tyson Gay longe das pistas por quase um ano não deu sinal de desacelerar o segundo homem mais rápido do mundo em um treino pré-olímpico assistido de perto nesta quarta-feira. "Jon Drummond (seu técnico) disse que estou a dois ou três treinos da perfeição", afirmou Gay aos repórteres. Não há dor no quadril, disse ele, só o incômodo normal na virilha de que o velocista norte-americano sofre há anos como resultado do abuso a que submete seu corpo. "Operar é bom", disse. "Ter saúde é bom, então aconteça o que tiver que acontecer." O que o atleta prestes a completar 30 anos espera que aconteça é subir ao pódio pela primeira vez em uma Olimpíada e receber uma medalha dos 100 m em Londres no mês que vem. Apesar de suas muitas conquistas em um esporte que ele desempenha com prazer, o ex-bicampeão mundial nunca conquistou uma medalha olímpica. Lesões deixaram Gay aquém de seu melhor nos Jogos de 2008, e ele fracassou na semifinal do que viria a ser o espetáculo de velocidade de Usain Bolt. "Estou nervoso porque é tudo ou nada", disse Gay a respeito de sua renovada rivalidade com Bolt e com o novo talento da modalidade, o campeão mundial Yohan Blake. "É o grande show". "Cada corrida me deixa nervoso, pouco ou muito, sou assim", afirmou. "Mas sei que vai ser muito". Para levar a medalha na maior prova do atletismo, Gay sabe que sua largada tem que ser de boa para melhor. Durante o treino desta quarta-feira, ele praticou repetidamente a saída dos blocos de largada em disparos curtos para testar o quão preparado está. "Só estou tentando executar a primeira parte da corrida, na qual andei devendo", disse. Enquanto Bolt e Blake têm treinado de maneira secreta, a sessão de Gay foi aberta para a mídia e uma pequena plateia de observadores. "Estamos só a 10 dias (do início do atletismo) dos Jogos, então não há muito que se possa esconder", declarou. A aparição pública tampouco será sua última, já que planeja participar da cerimônia de abertura na sexta-feira. "Nunca se sabe quando será a sua última", disse ele, que não pretende se aposentar depois de Londres. "A medalha é tudo, mas também tem a ver com a experiência, então com certeza quero ir para o estádio com alguns de meus colegas de equipe", acrescentou.

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