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Regata: barco especial busca recorde

O trimarã ?Barracuda?, único barco do gênero (três cascos) construido em um estaleiro do Brasil, está sendo reformado para quebrar o recorde da regata Eldorado/Brasilis.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O trimarã ?Barracuda?, de 50 pés, único barco do gênero (três cascos) construido em um estaleiro do Brasil, está sendo reformado para uma missão especial: quebrar o recorde da regata Eldorado/Brasilis. A terceira edição da prova será disputada a partir de 19 de janeiro, no percurso Vitória-Ilha de Trindade-Vitória. Os organizadores já receberam 17 inscrições a expectativa é chegar a 20 barcos, mais do dobro da prova deste ano. Além do ?Barracuda?, já confirmaram presença na regata o ?Ayssô?, da família Schürmann, o ?Alforria?, da Escola de Vela de Ilha de Bela, o ?Mar Sem Fim?, o ?Normandie? e a Escola Naval da Marinha deverá entrar na competição com o ?Kiricomba? ou o ?Albatroz?, vencedor da primeira Eldorado/Brasilis, no ano passado. Responsável pela organização da prova ao lado da Rádio Eldorado, Fernando Luigi, da W60, fala da participação dos multicascos: ?Esta é uma tendência mundial. Além do ?Barracuda?, deveremos também contar com o ?Adrenalina Pura?, um catamarã (barco de dois cascos) fabricado na Bahia. Este tipo de embarcação é muito veloz. Nosso projeto é, a partir de 2003, tornando a prova internacional, atrair catamarãs de todo o mundo?. O ?Adrenalina Pura?, recentemente, provou sua velocidade, fazendo uma travessia de 300 milhas em 15h30. Em 2000, o ?Albatroz? completou a prova em 236 horas; este ano, em janeiro, o ?Touchê?, comandado por Ernesto Breda, baixou o tempo para 181 horas. Pablo Furlan, skipper do ?Barracuda?, julga possível percorrer as 1260 milhas náuticas (2336 quilômetros) em menos tempo, em janeiro de 2002. ?Desde que possa contar com o mesmo regime de ventos?. O ?Barracuda? é feito de uma liga de kevlar e carbono com algumas partes de madeira. O barco foi produzido em 1990 pelo estaleiro Multimar, de Joinville, em Santa Catarina e custou cerca de US$ 680 mil. ?A vantagem do trimarã é que ele tem menos resistência à água e sua construção assegura um melhor resultado hidrodinâmico. Ele transforma em velocidade toda a potência do vento sobre as velas?, explica Pablo Furlan. O comandante do barco, entretanto, diz que ele é mais perigoso do que outro tipo de barco e, por isso, a tripulação de cinco pessoas tem que estar atenta para o risco de uma capotagem. ?As reações dele surpreendem os velejadores menos experimentados?, explica. A Eldorado/Brasilis será disputada nas categorias RGS, ORC, a mais veloz, Bico de Proa e Multicasco. A Marinha do Brasil apoiará a regata com um rebocador. Como nas duas edições anteriores, a direção da prova ficará com Fernando Jakes Teubner Jr., presidente da Federação Capixaba de Vela. A competição tem ainda o apoio do Iate Clube do Espírito Santo e Prefeitura de Vitória. Na semana anterior à regata, a federação estará promovendo um curso para a habilitação de capitães. As inscrições para a prova poderão ser feitas pela Internet através de link especial no site www.radioeldoradofm.com.br.

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