Regata Eldorado-Brasilis tem relargada

Os veleiros V.Max/Nautos, líder da prova, e o Quiricomba/Opportunity iniciam mais uma disputa acirrada rumo ao título da competição.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os dois barcos mais velozes da regata Eldorado/Brasilis já estão velejando no ercurso de volta à Vitória, depois de dois dias fundeados na Ilha da Trindade. O líder V.Max/Nautos e o segundo colocado, Quiricomba/Opportunity, separados por apenas 12 minutos no trajeto entre Vitória e Trindade, relargaram na tarde deste sábado. Antes deles, o Corumii/Forecast, que ocupa a terceira colocação, já havia iniciado o retorno ao continente. "Pretendemos chegar a Vitória na tarde de quarta-feira. Estamos atentos às mudanças de tempo, mas a previsão é a de velejarmos a maior parte do percurso com o vento em popa, o que irá facilitar a navegação", disse o capitão de corveta Elói Barros, do Quiricomba, da Escola Naval do Rio de Janeiro. O chinês Kan Chuh, comandante do barco baiano V-Max, aposta em fazer novamente a "fita-azul" (primeiro barco a cruzar a linha de chegada) na segunda metade da prova. "Foi muito difícil competir com o Quiricomba na primeira etapa da regata. Vamos tentar velejar sem cometer muitos erros para mantermos a ponta". Até a manhã de sábado, os 11 veleiros da flotilha da Eldorado/Brasilis já haviam cruzado a linha de chegada e a maioria planejava relargar no próprio sábado. Durante a madrugada, chegaram : Lula, Rajada, Normandie/Valtur e Domani. Pela manhã, Taigun e Kanaloa concluíram a primeira etapa, completando sete dias de regata. Homenagem - Poucos tripulantes da embarcação da Eldorado/Brasilis tiveram o privilégio de desembarcar na Ilha da Trindade e acompanhar a homenagem prestada ao velejador neozelandês Sir Peter Blake, assassinado em dezembro no Acre . Os comandantes do rebocador Triunfo e da Ilha da Trindade, Aragão e Elmo, respectivamente, preferiram evitar o desembarque dos civis por causa da forte arrebentação que ameaçava jogar os botes infláveis, utilizados no transporte, contra as pedras e os corais da orla. Uma placa prateada medindo 40 x 60 centímetros, trazida até Trindade pela embarcação Lord Gato, foi afixada em uma pedra preparada pelos marinheiros que habitam a ilha. Às 11 horas de sábado, o comandante da ilha, Elmo Ribeiro, e o comandante do Lord Gato, Carlos Brancante, retiraram o pano que cobria a placa. "Receber os participantes da Eldorado/Brasilis é um grande prazer para nós. Essa homenagem a Peter Blake é importante para quem gosta do mar e também ajuda a quebrar a nossa rotina", disse o comandante Elmo, responsável pela ilha durante o período de quatro meses. Os quarenta militares da marinha que servem a cada quatro meses no POIT - Posto de Observação da Ilha de Trindade, têm três missões básicas: manter a soberania sobre o território, restaurar o ecossistema e desenvolver as condições de habitação na ilha. "É um desafio manter o moral do contingente elevado durante os quatro meses, mas recebemos uma dádiva no mês passado e o nosso maior problema foi resolvido", comemorou o comandante Elmo, referindo-se ao telefone público via satélite inaugurado no dia 11 de dezembro, que trouxe aos marinheiros o conforto de poder ouvir a família, quando a saudade aperta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.