Desde que chegou ao São Paulo, há um mês, Rivaldo tem despistado ao falar sobre o Palmeiras. Durante a semana, evitou dar entrevistas para não comentar o encontro com o ex-clube, onde brilhou há quinze anos. Hoje, porém, é dia de esquecer a predileção pelo time palestrino para encarar a torcida alviverde pela primeira vez atuando como rival. A motivação pode estar no banco: mostrar para Luiz Felipe Scolari que, próximo de completar 39 anos, ainda pode ser decisivo.No início do ano, na chegada ao Mogi Mirim, Rivaldo deixou escapar a mágoa com o técnico, parceiro na conquista do penta, em 2002. "Todo mundo sabe que eu gosto do Palmeiras. Depois da minha saída do Usbequistão, fui ver um jogo do Palmeiras contra o Vitória, dei entrevistas. Mas o Felipão me vetou. O que posso fazer? Ele é o treinador e me vetou", disse, na época. Segundo Felipão, a decisão foi tomada por causa do excesso de jogadores rodados no elenco, como o goleiro Marcos (38) e o volante Marcos Assunção (35).Quando chegou ao São Paulo, porém, Rivaldo evitou polêmicas. "Tenho apenas de agradecê-lo por ter me levado ao Mundial. Eu estava machucado", lembra ele, que disputa posição com Casemiro, de apenas 19 anos. Carpegiani mantém mistério, mas deve optar pela experiência do meia, que deixou o Palmeiras em 1996, pouco após a conquista do Estadual daquele ano. Gol 100? Rogério Ceni, poupado do treino de ontem, com dores na região cervical, é dúvida para o clássico. Se ele jogar, poderá atingir seu centésimo gol na carreira. Segundo suas contas, faltam apenas dois.