Remo tem seletiva para o Pré-Olímpico

Sessenta atletas deram início hoje à prática da seletiva, que vai até domingo e tem por objetivo selecionar os representantes brasileiros para o Pré-Olímpico de El Salvador

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Por Agencia Estado
Atualização:

Sessenta atletas deram início hoje à prática da seletiva de remo, que vai até domingo e tem por objetivo selecionar os representantes brasileiros para o Pré-Olímpico de El Salvador, em maio, além de iniciar a preparação da equipe para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Dos 13 estados federados à Confederação Brasileira de Remo (CBR), nove estão representados na Lagoa Rodrigo de Freitas, dentre eles, o Amazonas, com Aloísio dos Santos Rios. Rios é natural do Espírito Santo e há dois anos foi contratado pelo clube Manauara para ajudar a desenvolver o remo no estado. Aos 26 anos, ele começou a remar aos 13 anos e já esteve na seleção brasileira por três vezes e, a última, foi durante a disputa dos Jogos Sul-Americanos, em Curitiba, em 2002, quando já estava em Manaus. "O remo vem crescendo aos poucos no Amazonas. Somos uma equipe de quatro pessoas, mas temos outras oito que remam e trabalham", contou Rios, lembrando que o fato de o Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul serem os centros da modalidade dificulta o desenvolvimento nos estados do Norte do Brasil. "Estou servindo de incentivo. Só o fato de tentar uma vaga na seleção já serve de estímulo para o Amazonas e para os garotos que estão começando." Para participar da seletiva, Rios está usando uma embarcação emprestada pela Escola Naval e, mesmo preferindo competir no single skiff (barco para um homem), está na esperança de ser qualificado para uma modalidade por equipe, como o four skiff. As dificuldades não se resumem à falta de material, mas também a do técnico, José Borges, que ficou em Manaus acompanhando o desempenho do restante do grupo. Sobre o novo modelo de seletiva para integrar a seleção brasileira, Rios elogiou e disse que o método é mais "puxado" e produzirá resultados eficientes. Destacou que o esporte tem crescido no País e em poucos anos o Brasil assumirá a liderança continental na modalidade. "Quem passar nos testes vai para as competições internacionais ciente de que terá chances de brigar pelas primeiras posições. Fazer parte da seleção ficou mais difícil, puxado", afirmou o remador do Manauara. "Tudo o que quero é passar nessa primeira fase, para poder treinar mais e retornar em março, quando ocorrerão os últimos testes para ver quem vai ficar."

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