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Representante da China pede 'modéstia' à delegação nos Jogos

Por Sabrina Mao e Ben Blanchard
Atualização:

PEQUIM - O principal diplomata da China, Dai Bingguo, pediu aos atletas olímpicos de seu país que se comportem de uma forma "modesta e despretensiosa" em Londres, relatou a mídia estatal nesta sexta-feira. O país procura administrar as expectativas com uma delegação que encabeçou o quadro de medalhas em Pequim em 2008. Quando os Jogos de Pequim se encerraram, em 4 de agosto daquele ano, a China tinha conquistado 51 medalhas, passando à frente dos 36 ouros dos EUA e liderando o quadro de medalhas pela primeira vez. Com todos querendo ver se a China será capaz de repetir a façanha em Londres, o conselheiro de Estado Dai Bingguo, principal diplomata chinês e representante do governo na cerimônia de abertura, procurou moderar os ânimos. "Ainda somos um país em desenvolvimento e devemos manter uma atitude modesta e prudente, embora a China esteja se tornando mais e mais influente globalmente", disse Dai, segundo a agência de notícias estatal Xinhua. "Somos considerados um grande país no esporte, mas ainda não somos um gigante do esporte. Em muitos aspectos, ainda há um fosso entre a China e os gigantes globais do esporte", acrescentou. "Devemos ser modestos e despretensiosos ao aprender com outros países, e continuamos a aprimorar nossas habilidades atléticas". As autoridades chinesas têm procurado colocar os Jogos de Londres em perspectiva, ressaltando que não terão a vantagem de estar em casa, que terão que lidar com comida diferente e irão participar com atletas novos e ainda não testados. Ainda assim, a China não relaxou em sua busca por medalhas. O recorde em Pequim foi acompanhado por uma onda de orgulho patriótico, a culminação do "sonho de 100 anos" da China de sediar o mais prestigiado evento esportivo do mundo.

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